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Hameln – Com um desempenho ofensivo fraco na Copa do Mundo-2006, a seleção da França exalta suas próprias qualidades defensivas antes da final contra a Itália, amanhã, em Berlim. Até mesmo Zidane e Henry, maiores astros de ataque do time, são apontados como responsáveis pela firme retranca. O time treinado por Raymond Domenech marcou somente oito gols até agora no Mundial (média de 1,33, contra 1,83 da Itália) e pode inclusive ser o campeão de pior ataque na história.

A equipe que levantou o troféu com o pior desempenho ofensivo até hoje foi o Brasil de Carlos Alberto Parreira em 1994, que fez 11 gols em sete partidas – média de 1,57.

A defesa francesa, no entanto, foi vazada apenas duas vezes nos seis jogos disputados até agora – também atrás da Itália, que levou apenas um gol –, mas é vista pelos próprios jogadores como o grande diferencial da equipe.

"Nossa defesa sólida é a base do nosso sucesso. A seleção francesa é um bloco defensivo, mas também sabe jogar", disse o lateral-direito Willy Sagnol.

Sagnol também ressaltou que pelo fato de o time jogar com postura defensiva, o desempenho de Henry e até mesmo de Zidane às vezes acaba prejudicado.

"O Zidane e o Henry também fazem uma boa marcação, em detrimento de seu jogo pessoal. Todos estão se esforçando para defender. O Zidane também tem habilidades defensivas muito grandes", afirmou.

Em comparação com o time francês que foi campeão em 1998, em cima do Brasil, o desempenho ofensivo da equipe atual é bem inferior. Aquela seleção teve o melhor ataque do torneio, com 15 (2,15 de média). No Mundial seguinte, em 2002, o Brasil fez 18 gols (2,57 por partida) para conquistar o penta.

Uma vitória sobre a Itália – e a conquista do bicampeonato mundial – vai render a cada jogador francês 240 mil euros (cerca de R$ 650 mil). Valor suficiente para a compra de pelo menos um ótimo apartamento em São Paulo, de vários carros luxuosos ou de mais de cem laptops de última geração. E em apenas um mês de trabalho.

Engana-se, no entanto, quem pensa que os franceses são os campeões de premiação. Há seleções mais generosas, como a portuguesa, que ofereceu a impressionante quantia de 350 mil euros para os atletas pela conquista do título. Os italianos superam por pouco seus rivais da decisão e vão embolsar, cada um 250 mil euros em caso de triunfo no Estádio Olímpico de Berlim.

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