Marcelo Oliveira se irritou com a arbitragem e com os erros de conclusão do Tricolor no primeiro clássico do ano| Foto: Fotos: Pedro Serápio/GP
Já Antônio Lopes soube manter o equilíbrio do Furacão, que venceu fora de casa
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Ana Luzia Mikos e Elaine Felchaka, especial para a Gazeta do PovoAntônio Lopes acertou mesmo a mão no clássico com o Paraná na Vila Capanema. Muitas vezes criticado por improvisar jogadores para tentar inovar nas escalações do Atlético, ontem utilizou cada atleta em sua respectiva função, venceu por 1 a 0 e se firmou na vi­­ce-liderança do Paranaense.

O Delegado gostou do que viu. A única reclamação, e não muito contundente, foi sobre a falta de marcação do ataque, mas nada que comprometesse seu esquema tático. "O sistema de marcação bom, evolução ofensiva boa, criação de chances de gol e o espírito competitivo fizeram com que nossa equipe vencesse e com justiça", admitiu.

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Se em time que está ganhando não se mexe, Lopes fez valer a má­­xima. Mesmo com o Paraná menos defensivo no início da etapa final, optou por manter o esquema escolhido. Novamente foi certeiro. "Com três atacantes eu iria me suicidar e não sou esquizofrênico. Esquizofrênico é que vai ao suicídio com facilidade e eu não vou", justificou Lopes por não lançar o time mais à frente.

Só mexeu com a expulsão de Valencia, aos 31 minutos, puxando Chico para a zaga, garantido o placar de 1 a 0.

Já o Paraná sofreu com o posicionamento de alguns jogadores. A presença de Pará no meio isolou Toscano à frente. Élvis foi apagado pela marcação rubro-negra, a ponto de ter a sua substituição cobrada pela torcida. Fora isso, a falta de qualidade em alguns lances será motivo de cobranças por parte do técnico Marcelo Oliveira.

"Tem de ter mais capricho, mai­or segurança, vou cobrar muito. Não podemos jogar com um time com as condições do Atlético, criarmos várias vezes e não termos poder de definição. Erramos em cruzamentos, bolas paradas...", citou o comandante paranista.

Apesar da irritação com a arbitragem, que além de um pênalti não marcado teria, na visão paranista, falhado no início do lance originário do gol atleticano, Oliveira preferiu não reclamar. "Fiquei muito revoltado no intervalo, após o lance sobre o Tos­­cano e o gol. Mas, se eu for falar is­­­­­so agora, depois da derrota, vai pa­­recer desculpa e não preciso disso. Nossa equipe tentou, fez o que podia e no segundo tempo jogou até me­­lhor", amenizou.

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Há três jogos sem vencer (empates com Cianorte e Corinthians-PR e o tropeço de ontem), o treinador não sente sua posição ameaçada. "Desde que cheguei aqui, sou perguntado da pressão. Gosto de conviver com as vitórias, mas não po­­de­mos nos abater", finalizou.