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São Paulo – Demora na chegada do comboio atleticano e briga entre são-paulinos e a polícia durante a partida marcaram a movimentação de torcida na decisão da Libertadores, ontem, no Morumbi. Cerca de 40 ônibus com torcedores rubro-negros ficaram retidos pela PM paulista nas proximidades do estádio até momentos antes do jogo. A medida foi tomada devido ao grande número de tricolores nas proximidades do palco da decisão.

Já com a bola rolando, a confusão transformou-se em uma violenta batalha entre torcedores e policiais. Mais de 50 pessoas foram atendidas pelo pronto-socorro do estádio, outras tantas, centenas talvez, deixaram a região sem atendimento. Policiais põem a culpa na Torcida Independente, que, parte dela, sem ingressos, tentou invadir o Morumbi aproveitando-se do tumulto formado nas três catracas do local.

Torcedores, muitos inocentes, reclamavam do excesso de violência para eles injustificada, da polícia. Estimativas dos policiais (não oficiais, portanto) davam conta de 40 detidos pelos agentes, que chegaram a utilizar bombas de gás lacrimogêneo para conter o tumulto. Um dos últimos torcedores feridos chegou ao ambulatório do Morumbi carregado por quatro homens da polícia. Um dos agentes que acompanhava o procedimento, perdeu a cabeça. "Esse aí não é torcedor não, é bandido, ele cansou de bater na gente, é marginal. Tinha de levar é tiro na cara!!"Do lado atleticano, bem mais pacífico, sobravam histórias de torcedores que trocaram um dia de trabalho pelo sonho de ver o clube conquistar o título mais importante da sua história.

Eloir Joakinson Júnior, auditor de 26 anos, encarou a estrada com o irmão e um amigo em nome da paixão. O grupo saiu às 9 horas da manhã de Curitiba, ficou horas em um congestionamento, causado pela reforma de uma ponte, e passou pelo portão do estádio somente 10 horas depois. Ainda assim, tiveram de se disfarçar de tricolores para evitar os olhares mal-encarados. "Olharam para o meu irmão e disseram: ‘Você não é são-paulino’. Foi do nada. Compramos então uma faixa do São Paulo para poder ir até a entrada sem chamar a atenção", contou.

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