A torcida do Atlético perdeu de vez a paciência com Denis Marques. Um malcriado coro puxado pelo público, as constantes vaias e as mãos na cabeça em sinal de desespero a cada gol perdido evidenciaram a insatisfação dos rubro-negros com o clone de Oséas. Apesar da insistência do técnico Vadão, que já garantiu o camisa 9 entre os titulares na partida de quinta-feira contra o River Plate, pela Sul-Americana, parece não haver mais clima para o atacante seguir como a referência do ataque.
Culpa, talvez, da falta de concentração do jogador. Quando menos se espera, Denis se distrai em campo, atrapalhando o time. Como no lance em que se agachou para amarrar a chuteira, no primeiro tempo, interrompendo um perigoso contra-ataque do Furacão. Era a senha que esperavam os fanáticos para a perseguição começar.
A jogada fez com que os atleticanos voltassem no tempo. Relembrassem o Atletiba de outubro de 2002, quando Kléber esqueceu a bola para procurar a correntinha de ouro caída no gramado. A diferença é que aquele clássico foi decidido com um gol do Incendiário. Denis não. Ele isolou todas as chances que teve para se redimir. Ora a bola sobe muito, ora falta força no chute. E a cada erro, os apupos ganham intensidade.
Como já era esperado, Denis Marques não foi selecionado pela assessoria de imprensa do Rubro-Negro para conversar com os jornalistas ontem, perdendo a oportunidade de se defender das críticas. Coube a Vadão o papel de advogado do avante.
"Não penso em substituir o Denis. Mesmo perdendo os gols, ele fez as jogadas corretas. Só errou as finalizações", argumentou o treinador. "E para isso não existe outra solução que não seja trabalhar", completou.
Quem também tem todos os motivos para esquecer a partida com o Cruzeiro é o zagueiro César. O substituto de João Leonardo o titular será submetido a um exame hoje por causa de dores na coxa esquerda não ficou 45 minutos em campo. Entrou no intervalo e foi expulso faltando quatro minutos para o jogo terminar. (CEV e SG)
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