O presidente do Atlético, Marcos Malucelli veio até a sede da Gazeta do Povo para uma entrevista, acompanhado do assessor Roberto Karam. Durante 45 minutos de conversa, o dirigente fez um balanço geral do Rubro-Negro. Tratou dos resultados de 2010, dentro e fora do campo, falou das questões da Arena envolvendo a Copa do Mundo no Brasil, de Mário Celso Petraglia e das torcidas organizadas. E garantiu: o Furacão vai soprar forte em 2011.
Gazeta do Povo -- Qual a avaliação do desempenho do Atlético em 2010?
Marcos Malucelli, presidente do Atlético -- Não dá para dizer que foi um bom ano. Terminou bem, em função da nossa classificação. Mas não ganhamos um título. Disputamos a vaga para a Libertadores até a penúltima rodada, o que é importante. A imagem que fica é a última de quinto colocado do Brasileiro, uma boa colocação. Previmos que chegaríamos entre os 10, em virtude do trabalho feito na parada da Copa, quando conseguimos estar com a parte financeira estabilizada.
Fora da bola, como foi a temporada?
Se formos analisar outras questões, foi um espetáculo. Acabamos com o déficit e devemos fechar esse ano sem prejuízo. Na relação dos clubes da Série A somos o com menor endividamento. Somos o clube com o maior superávit nos últimos 6 anos, ao lado do Internacional e do São Paulo. Os outros 17 estão todos deficitários. É uma vitória.
O Sr. prevê como o Atlético deve fechar o ano?
Quando assumi, em 2009, o déficit vinha de 2008, R$ 18 milhões. Para 2010, apresentamos um superávit de R$ 11 milhões, o que não significa que tínhamos isso em caixa. Tínhamos dívidas para pagar, esse dinheiro usamos para amortizar dívidas. Teremos uma entrada superior a saída. Mas não importa, e sim que entremos em 2011 com dinheiro em caixa.
Faltou algo no futebol?
O que não foi feito antes foi porque não poderíamos gastar além do orçamento. Agimos com responsabilidade e chegamos ao fim do ano com todos os salários pagos, com o 13º pago a metade aos funcionários em agosto, em novembro pagamos a outra metade e dos jogadores em outubro. Chegamos com as contas em dia e a credibilidade do clube em alta.
Dois pontos são vistos como principais erros no Brasileiro. A efetivação do Leandro Niehues como técnico no início, um profissional inexperiente para o tamanho do Atlético, e a falta de bons atacantes. O Sr. concorda?
Não concordo. No setor ofensivo tivemos bons jogadores, a começar pelo Alex Mineiro. Acontece que ele não jogou o que esperávamos. O Bruno Mineiro também ninguém pode dizer que não seja um bom jogador, chegou como artilheiro, trouxemos o Javier Toledo, de boas referências, e o Nieto. O problema é que eles não encaixaram. Quanto ao Leandro, não concordo que tenha trazido qualquer malefício. Todos diziam que era a hora dele. Foi uma emergência. Ele era e é assistente técnico.
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