Repercussão
"Foi conversado e eles entenderam a nossa proposta. Conseguimos nos 45 minutos finais buscar o resultado. O que vale no final são os três pontos. Não teria tanta importância se fosse um placar elástico, mas deste jogo posso tirar proveito sobre como alguns jogadores atuaram. Precisamos melhorar a capacidade que eles tem e buscar o equilíbrio emocional".
Para conseguir a vitória, na noite desta quarta-feira no estádio Pinheirão, o Paraná Clube penou e teve que superar a eficiente marcação da Portuguesa. Quase sem fôlego, e depois de muito suor, o Tricolor conseguiu deixar o gramado com uma vitória por 2 a 1 e com a classificação garantida para a próxima fase do Campeonato Paranaense.
Antes do jogo um problema estomacal pegou de surpresa quatro jogadores da Portuguesa e o técnico Knário Martins foi obrigado a fazer mudanças no time e no seu esquema tático. Jogando "em casa", já que a diretoria da Lusinha pediu para mandar seus jogos contra os times da capital em Curitiba, o time preparou uma marcação forte para esperar o adversário, eleito o melhor time do mundo em fevereiro.
Só que o Paraná foi a campo sonolento. Mesmo com a maioria dos jogadores titulares, o time parecia desatento e até despretensioso em seus ataques, além de sentir a falta de alguns jogadores. A situação do Tricolor só foi melhorar na segunda etapa, após as mudanças de Zetti, que por pouco não repetiu o erro de mexer no time muito tarde. Por fim, valeu o esforço do Paraná, que nos minutos finais pressionou o adversário e venceu por seus méritos.
O jogo
Com o time praticamente titular, o Paraná Clube começou o jogo tentando marcar o primeiro gol antes dos 20 minutos de jogo para desestabilizar o adversário. A Portuguesa preparou uma marcação forte e um time defensivo por dois motivos: um porque o time entrou com vários desfalques e outro porque iria encarar o Paraná, melhor time da Copa Libertadores.
Só que os "visitantes" lembrando que o jogo foi em Curitiba a pedido da Portuguesa não assustaram e a Lusinha começou a pegar confiança. Se nos minutos iniciais o Paraná criou algumas chances, o adversário também começou a ameaçar e trabalhar a bola com qualidade.
Aos 13 minutos de jogo a Portuguesa abriu o marcador no Pinheirão. Em uma falta da entrada da área, o zagueiro Baeza chutou com força, a bola ainda desviou em João Vítor e só parou nas redes do goleiro Flávio. A Portuguesa tinha um toque de bola um pouco mais refinado que o Paraná, que se mostrava afobado. A marcação da Lusinha era eficiente e não deixava os jogadores paranistas avançarem com tranqüilidade.
O Paraná, aos poucos, foi recuperando o domínio do jogo, mas em nenhum momento foi soberano em campo. Aos 37 minutos o time teve a grande chance de empatar, mas o lateral André Luís desperdiçou. Ele recebeu um lançamento preciso de Dinelson, entrou livre na área, mas foi fominha e chutou na rede pelo lado de fora.
Até o final do 1.º tempo só se viu correria em campo. Na saída para os vestiários, o volante Beto tentou explicar o desempenho do time. "A gente tem que procurar sair da marcação e se comprometer mais para criar oportunidades. Estamos criando poucas oportunidades e precisamos nos doar mais, senão fica complicado. Vamos caprichar mais no 2.º tempo".
O técnico Knário Martins gostou do desempenho do time nos primeiros minutos. "A gente veio com o propósito para tentar frear o ímpeto do Paraná, pois sabíamos que eles viriam para cima. No erro no Paraná nós conseguimos a vitória. Tivemos a felicidade daquela falta. Vamos acertar aqui atrás para que eles não se aproximem muito".
Time só melhora com mudanças de Zetti
Mas essas mudanças não foram feitas na volta dos vestiários. Como de costume, o técnico paranista resolveu dar mais alguns minutos de confiança para alguns jogadores que na verdade foram apenas 9 minutos. O técnico da Portuguesa colocou Edson Carlópolis no lugar de Igor.
Como o time não reagiu, Zetti colocou os jogadores Vinicius Pacheco e Alex nos lugares de João Vítor e Xaves. O time do Paraná melhorou consideravelmente, já que o jogador João Vítor atuava pela ala esquerda improvisado e não rendeu o esperado pelo comandante paranista. Na frente, Vinicius Pacheco daria maior movimentação, inclusive ajudando pela esquerda.
As 881 testemunhas que foram ao estádio viram o auxiliar Cristiano Nunes anular o gol de Vinicius Pacheco aos 19 minutos, mas pouco depois o Tricolor teve a chance de empatar. Aos 23 do segundo tempo Alex recebeu a bola, tentou o giro e caiu dentro da área. Pênalti para o Tricolor. Na cobrança, Gerson foi tranqüilo para tocar nas redes de Danilo e igualar o marcador.
A Portuguesa acabou se perdendo um pouco em campo e a marcação, que na primeira etapa foi praticamente impecável, já não rendia o que o técnico Knário esperava. O Tricolor começou a pressionar e a sufocar o adversário. Várias chances foram criadas e aos 38 as redes balançaram pela segunda vez. Depois de uma falha da defesa londrinense, Josiel fez o domínio e cabeceou nas redes de Danilo.
A pressão continuou até o apito final do árbitro Jaber Cassou, mas os 2 a 1 garantiram mais três pontos ao Tricolor e a classificação para a próxima fase.
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