Dona de 13 vitórias em 13 jogos e única invicta no Grand Prix, a seleção brasileira feminina de vôlei não conseguiu confirmar o favoritismo ontem e sucumbiu aos Estados Unidos na decisão do título. O Brasil perdeu o troféu e a invencibilidade com uma derrota contundente, por 3 sets a 0, com parciais de 26/24, 25/20 e 25/21.
Com o revés, a seleção repetiu a medalha de prata do ano passado e adiou mais uma vez a busca pelo nono título da competição. Os EUA, que haviam perdido por 3 a 1 do Brasil na fase anterior, faturaram o bicampeonato. A medalha de bronze ficou com a Sérvia, algoz da Rússia por 3 a 0 (25/21, 25/20 e 25/16).
O técnico José Roberto Guimarães reconheceu a superioridade das adversárias na decisão. "Hoje, os Estados Unidos são a melhor equipe do mundo. É um time que defende bem e erra muito pouco. É sempre difícil jogar contra elas, principalmente pelo volume. O nosso saque e a nossa defesa não foram tão eficientes como na última partida. Elas mereceram o título", afirmou Zé Roberto, se referindo à vitória no último encontro.
A central Thaisa, dona do melhor saque da competição, lamentou o time não ter mostrado o mesmo desempenho do duelo anterior. "Não jogamos como na sexta-feira. Tentamos nos recuperar, mas não deu certo. Estou feliz pelo prêmio de melhor saque, mas trocaria a premiação pelo título. Ainda temos muito o que melhorar", avaliou, projetando os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando a equipe defenderá o título conquistado em Pequim-2008.
O Brasil vinha embalado pela grande campanha. No sábado, mostrou ainda mais força ao aplicar 3 sets a 0 na atual campeã mundial Rússia. Contudo, a equipe foi surpreendida pelo excelente ritmo das norte-americanas. Sem demonstrar reação, teve dificuldade para neutralizar as rivais e sucumbiu aos bloqueios e saques desde o início. Os EUA chegaram a abrir seis pontos de vantagem. O Brasil esboçou uma reação e reduziu a diferença para dois. No entanto, não evitou a derrota na primeira parcial.
O segundo set foi mais equilibrado. Mas as brasileiras voltaram a ter dificuldade a partir da metade. As norte-americanas aproveitaram e abriram 19 a 15 antes de fechar com facilidade. Embaladas, não reduziram o ritmo no terceiro set e aproveitaram o desânimo brasileiro para fazer 25 a 21.