Derrotado em Campinas, Paraná usa força caseira para se firmar

• 0

Vencer em casa e somar alguns pontinhos fora. A estratégia do Pa­­raná para voltar à Série A não é segredo para ninguém. Contudo, poucos conseguem seguir o plano com precisão – e o Tricolor teve um bom exemplo ao ser derrotado pela Ponte Preta, sábado, em Campinas. As equipes que o fa­­zem, normalmente estão disputando as primeiras colocações.

Diferentemente do ano passado, quando empatou por 0 a 0 com a própria Ponte no primeiro jogo na Vila Capanema, em 2010 o Tricolor ainda tem nos 3 a 0 sobre o Ipatinga na estreia um mo­­tivo para sonhar alto. Por isso o confronto de amanhã com o Santo André, no Durival Britto, se torna tão importante mesmo ocorrendo apenas na ter­­ceira ro­­dada da Série B.

"Teoricamente é isso, todos pensam assim", afirma o técnico Marcelo Oliveira. "Agora temos de raciocinar o seguinte: só fazer o resultado em casa não adianta."

Mesmo não estando no clube no ano passado, o treinador sabe que se o Paraná conseguisse um desempenho melhor no seu campo fatalmente estaria na Série A agora.

Dos 19 jogos realizados na Vila Capanema na disputa de 2009, o Paraná venceu 9, empatou 5, mas perdeu outros 5. Se tivesse apenas trocado as derrotas por triunfos, so­­maria mais 15 pontos, acumularia um total de 68, e brigaria pela terceira colocação com o Ceará.

Teoria, claro. Mas que serve pa­­ra o Tricolor se motivar e tentar esquecer a derrota de sábado para a Macaca. Ou para a equipe entrar em campo mais ligada. Não fazer isso foi o pecado cometido em Campinas e que determinou o resultado – com o gol so­­frido logo no início.

"Temos jogos difíceis em casa. Por isso fazer o resultado terça-feira (amanhã) é fundamental", afirma o lateral-esquerdo Gílson. Lembrando do desempenho contra o vice-campeão mineiro, o Tri­­color espera ver o torcedor apoiando o time. Agora, contra um adversário teoricamente mais difícil, o vice do Paulista. "É fundamental somarmos os pontos que disputarmos em casa. E estamos convocando a torcida, pois vamos lutar muito", afirma o lateral-direito André Luís.

A escalação dele é uma das dú­­­vidas de Marcelo Oliveira. Foi pe­­la direita, onde o Tricolor improvisou João Paulo no início da par­­tida contra a Macaca, que o Para­­ná viu sair o cruzamento de Vi­­cen­­te que acabou no gol de Reis. André entrou já no intervalo para conter os avanços do lateral adversário e, mesmo instável, melhorou o setor. "O jogo é diferente do treino. Confiança no fu­­tebol eu tenho, agora só preciso de sequência de jogos", diz o jo­­gador, após se recuperar de mais uma contusão.