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Marcelinho Paraíba, sozinho, não conseguiu evitar a derrota do Coritiba para o Goiás | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Marcelinho Paraíba, sozinho, não conseguiu evitar a derrota do Coritiba para o Goiás| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Fala René!

Os torcedores do Coritiba quiseram ouvir as explicações do técnico René Simões sobre a derrota. Ao contrário de justificativas, o comandante alviverde preferiu não polemizar. "Qualquer coisa que eu diga vai soar como desculpa. Precisamos assumir que foi ruim", disse.

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  • Goiás fez a festa no primeiro tempo e marcou três gols: Coxa não teve tempo de reagir
  • Nem o motivado Bruno Batata conseguiu ajudar o Coritiba a marcar os gols necessários

O Coritiba segue sem vencer no Brasileirão 2009. No "clássico alviverde" da 4ª rodada, disputado neste sábado (30) no estádio Couto Pereira, o Coxa foi derrotado pelo Goiás por 3 a 1 e voltou a ocupar a última posição na tabela de classificação. Além da lanterna, o time leva o "rótulo" de pior defesa do campeonato - tomou 11 gols em apenas quatro jogos.

Agora o alviverde muda o foco para a Copa do Brasil. Na quarta-feira, tentando evitar que os fracassos do Brasileirão interfiram, o Coxa recebe o Internacional no estádio Couto Pereira. Para chegar à final do torneio, o time paranaense precisa vencer o gaúcho por 2 a 0 ou por qualquer outro placar com três gols de diferença.

O jogo

"Só nós podemos reverter isso". A frase dita pelo atacante Bruno Batata, ao final do primeiro tempo, foi emblemática. Entenda por que.

Os primeiros cinco minutos de qualquer jogo costumam representar um vácuo no futebol. É nesse tempo que a maioria se organiza em campo e analisa a postura do adversário, mas é também nessa hora que os espertos se dão bem e que os desatentos sofrem. Aos 4 minutos de jogo, Fábio Bahia tentou dominar uma bola na área Coxa e acabou puxado por Carlinhos Paraíba. Pênalti para o Goiás e amarelo para o jogador alviverde.Na cobrança, Felipe deu a paradinha, chutou no canto esquerdo e Vanderlei saltou para fazer a defesa. O auxiliar de arbitragem Dilbert Pedrosa flagrou o momento em que o camisa 12 do Coxa se adiantou um pouco por não conseguir "frear" após a paradinha. Não teve choro. O árbitro Pablo dos Santos Alves mandou refazer a cobrança e dessa vez, no mesmo canto, Felipe conseguiu balançar as redes.

O Coritiba conseguiu tomar o controle da posse de bola para si e aos poucos se reorganizou no campo. Contudo, apesar de ter o controle da bola, o time não conseguia chegar na frente com eficiência. Ia para cima do adversário com ousadia, mas deixava perigosas brechas no sistema defensivo.

Goiás amplia e passeia

Aproveitando um desses momentos de desatenção, o Goiás ampliou aos 30 minutos. Júlio César desceu em velocidade pela direita e cruzou para Iarley, que teve tempo e espaço para dominar e chutar para o gol, sem grandes chances de defesa para Vanderlei. Ainda no primeiro tempo, René Simões tentou arrumar o time tirando Cleiton e colocando Leandro Donizetti.

O jogador mal teve tempo de se posicionar em campo. Aos 37 minutos, em cobrança de falta da entrada da área Coxa, Iarley rolou a bola para o artilheiro Felipe confirmar sua fama de goleador. Mesmo pressionado por Leandro Donizetti, que abandonou a barreira para tentar interceptar o chute, ele acertou um petardo no ângulo direito de Vanderlei e ampliou a vantagem no placar para impressionantes 3 a 0 ainda no 1º tempo.

Por muito pouco o Coxa não levou o 4º gol na tentativa de Felipe Menezes, mas o primeiro tempo logo terminou. "Tomar um gol logo no começo, depois de um pênalti como aquele, em que eu defendi, mas ele mandou cobrar de volta, é complicado. A coisa desandou. Fomos para cima, mas tomamos os gols no contra-ataque", resumiu o goleiro Vanderlei.

Segundo tempo de agonia

A segunda mudança do técnico René Simões levou o atacante argentino Ariel para o jogo no lugar de Pedro Ken. Pelo Goiás, Hélio dos Anjos tirou Amaral e colocou Everton. Independente da interferência dos treinadores, a responsabilidade da reação era dos jogadores. "Só nós podemos reverter isso". Para pôr a teoria em prática, o Coxa precisava de um gol logo no começo do segundo tempo.

Coube a Marcelinho Paraíba, sempre ele, a responsabilidade de cumprir essa missão e devolver ânimo ao elenco alviverde. Em jogada individual, ele recebeu na entrada da área e após um drible desconcertante sobre o marcador Fábio Bahia (no meio das "canetas"), ele invadiu a área e com raiva chutou para as redes de Harlei.

Realmente o gol inflamou a torcida e os próprios jogadores, que receberam uma boa dose de velocidade após a entrada do meia Renatinho. As jogadas começaram a ser criadas com mais freqüência, enquanto o Goiás se retraía e se defendia. Aos 30 minutos o lance capital do segundo tempo. Renatinho, após finta sobre o marcador, arriscou de canhota e acertou a trave de Harlei.

Se a bola entrasse, os rumos da partida seriam outros. Mas, além disso, não acontecer, o Coxa perdeu a mínima organização que tinha em campo e o individualismo dos jogadores prevaleceu. "Só nós podemos reverter isso". Nós, ou melhor, "eles", não conseguiram.

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