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Apesar da enorme diferença técnica, Emanuel prega respeito aos venezuelanos e descarta decisão fácil hoje à tarde no México: paranaense pode emendar a sua segunda medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos | Washington Alves Inovafoto/ COB
Apesar da enorme diferença técnica, Emanuel prega respeito aos venezuelanos e descarta decisão fácil hoje à tarde no México: paranaense pode emendar a sua segunda medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos| Foto: Washington Alves Inovafoto/ COB

Nada menos do que o ouro. É o que se espera de quem é o maior vencedor do mundo em sua mo­­dalidade. O melhor, no caso, é o paranaense Emanuel, de 38 anos, que disputa hoje, ao lado do parceiro Alison, a final do vôlei de praia do Pan de Guadalajara. A partida, contra os venezuelanos Hernandez e Mussa, começa às 16 horas (de Brasília).

A medalha de ouro hoje se juntaria ao título mundial e ao troféu do Circuito Mundial na galeria de conquista da dupla nesta temporada. Valeria também a Emanuel o bicampeonato na principal competição esportiva das Amé­­ricas – venceu em 2007, no Rio, ao lado parceiro Ricardo.

O favoritismo torna-se ainda mais evidente quando se lembra que o paranaense é dez vezes campeão do circuito e tricampeão do mundo, realizado a cada dois anos. Atualmente, são a se­­gunda melhor equipe do ranking técnico da Federação Inter­­na­­cional de Voleibol (FIVB) e estão bem próximos de carimbar o passaporte para os Jogos Olím­­picos de Londres, em 2012. Já os rivais de hoje aparecem apenas na 111.ª.

Apesar da distância, os brasileiros refutam uma final fácil. Até porque, durante o Pan, viram seu caminho complicado pela derrota para os cubanos Carel Piña e Sérgio Gonzalez (2 a 0). A dupla caribenha também não figura na lista dos 250 melhores times do mundo.

Ontem, na disputa da semifinal, Alison e Emanuel tiveram outro confronto duro: jogaram contra os mexicanos Miramontes e Vigen e com a torcida a favor dos donos da casa. Venceram o primeiro set, por 21 a 19, mas cederam o empate (22 a 20). Valeu, então, a experiência de Emanuel. Antes do início do set decisivo, vencido por 15 a 6, orientou o capixaba Alison, de 25 anos. "Já perdi e já ganhei muito dessa maneira [atuando na casa do rival]. A única coisa que quis dar a ele foi tranquilidade", contou o curitibano sobre o diálogo.

Um possível título hoje faria com que o país mantivesse 100% de aproveitamento no vôlei de praia. Ontem, Juliana e Larissa chegaram ao bicampeonato, também contra a dupla mexicana. As brasileiras venceram o primeiro set (21/15), contra Mayra Garcia e Bibiana Candelas, mas perderam o segundo (24/22). A decisão no tie break foi com uma emocionante virada – 22 a 20. "Que sufoco!", resumiu Larissa.

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