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Serão 2.411 quilômetros. Um percurso de cinco estados. No total, dez etapas cruzando as mais diversas vegetações do país. O Rally dos Sertões – maior competição off-road do Brasil – começa amanhã, em Goiânia, mas a preocupação é a médio prazo.

De acordo com Klever Kolberg, bicampeão da prova, a decisão será entre domingo e segunda-feira (duas etapas), quando a tropa passa pela região árida do Tocantins, o Jalapão.

"Essas etapas são de ma­­ratona. Você não pode mexer no carro de um dia para outro", disse ele. "Vamos dirigir muito no primeiro dia [de Porto Nacional-TO a Lizarda-TO], umas 5h30, e o mesmo no segundo dia [até Balsas-MA]. É no meio do deserto e tem muita pedra e areia no percurso", seguiu.

O piloto considerou que o trecho, que soma quase 750 km, poderá encaminhar a disputa. "Geralmente esse tipo de etapa costuma chegar com oito pilotos disputando a ponta e sai com dois ou até com um líder encaminhado. Não é que ela seja difícil e outras fáceis. É uma fase muito difícil em uma prova difícil, é a ‘cereja do bolo’ de fato", afirmou Kolberg, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

O Rally dos Sertões terá a bandeirada final apenas no dia 19 de agosto. O início, hoje, às 8 horas, será com a tomada de tempo num trajeto montado no Autódromo de Goiânia, decidindo a ordem de largada para o primeiro trecho, amanhã, entre Goiânia e Pirenópolis-GO.

Os detalhes de navegação de cada trecho são sempre comunicados na noite de véspera dele. Kolberg revelou que uma grande dificuldade da prova é fazer um ritmo forte sem comprometer o equipamento, com o agravante de não ter informações sobre os concorrentes.

"Aqui, diferente de uma Fórmula 1, não se regula o carro conforme as condições. Temos de ter o carro bem regulado para a maioria dos tipos de pista. Os ajustes possíveis são poucos e não sabemos como estão os concorrentes na frente e atrás", comentou.

O experiente piloto de 49 anos contou uma passagem da prova do ano passado, em que foi campeão da categoria Pró-Etanol e segundo geral dos carros, em que a intuição do desempenho "errou para melhor".

"Já aconteceu de achar ter feito bom trecho e ter ido mal e de pensar que fui mal e acabar ganhando a etapa. Ano passado teve uma em que achei que tinha ido razoavelmente bem, mas, na hora de ver o resultado, descobri que venci por uma margem de 10 minutos, o que é sensacional. É meio no escuro", fechou.

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