O Paraná Clube não conseguiu manter o mesmo conjunto do Paranaense e foi derrotado pelo Juventude, na tarde/noite deste sábado e, Caxias do Sul-RS. O placar de 1 a 0 para o time da casa manteve um tabu que já dura 10 anos. Desde 1995 o Paraná não consegue vencer o Juventude no Rio Grande do Sul.
O principal desafio enfrentado pelas duas equipes foi a dificuldade de enxergar. Uma densa neblina atrapalhou os jogadores que tiveram que driblar essa barreira para tentar desenvolver um bom futebol.
Sem quatro titulares, o Tricolor não conseguiu render o esperado pela torcida. Flávio, Emerson, Neguette e Maicosuel, principalmente os três primeiros, não encontraram em Marcos Leandro, João Paulo e João Vitor substitutos à altura. O técnico Caio Júnior tentou corrigir isso com modificações durante a partida, mas as dificuldades continuaram.
Primeiro tempo
A grande dificuldade enfrentada pelas duas equipes no 1.º tempo foi enxergar do outro lado do gramado. Uma forte neblina deixou a visibilidade comprometida para os torcedores, além dos jogadores que buscam o resultado de vitória desde os primeiros minutos.
O Paraná tentava se superar desde o começo, já que o time entrou em campo sem cinco dos titulares que foram campeões do Paranaense 2006. As ausências do goleiro Flávio, e dos zagueiros Emerson e Neguete, foram muito sentidas porque os seus substitutos não conseguiram manter o bom nível de aproveitamento do setor.
Enquanto isso, o time da casa armava jogadas de ataque que sempre levavam perigo ao gol de Marcos Leandro, o substituto de Flavio. A zaga paranista não conseguia ter tranqüilidade para barrar o ímpeto do Juventude.
De tanto pressionar, aos 17 minutos do 1.º tempo o Juventude marca o primeiro gol do Campeonato Brasileiro 2006. O lateral-direito Walken carregou a bola pela esquerda e fez o cruzamento para a grande área. A zaga paranista ficou olhando e Fabrício surgiu para cabecear nas redes o goleiro Marcos Leandro.
A partir dali o time paranista ficou ainda mais nervoso. Os atacantes alviverdes chegavam ao gol Tricolor com freqüência, mas a falta de competência dos atacantes não permitiu que o placar fosse ampliado. Aos 21 minutos, por exemplo, Giancarlo recebeu a bola sozinho, entrou na área e, sozinho, chutou por cima do gol do Paraná.
Pouco depois, aos 30 minutos, o time da casa desperdiçous uma chance incrível. Da cobrança de falta feita por Éder Ceccon, a bola pegou muita força e velocidade. O Goleiro Marcos Leandro tentou a defesa, mas não conseguiu segurar. No rebote, Giancarlo chutou na trave, a bola voltou para ele mesmo que escorou de cabeça para a defesa do goleiro paranista.
Aos 41 minutos o atacante Giacarlo perdeu mais um gol depois da falha do zagueiro João Vitor. Depois disso, pelo menos na primeira etapa, nada mais de importante aconteceu.
Segundo tempo
Para a segunda etapa o técnico Caio Júnior tirou o meia Marcelinho para a entrada de Vandinho. Com isso, o treinador passou o esquema tático para o 3-5-2, para tentar deixar o time mais ofensivo. No Juventude, o técnico Hélio dos Anjos não fez nenhuma mudança em sua equipe.
A neblina se dissipou e o 2.º começou em melhores condições para as duas equipes. O Tricolor paranaense voltou melhor e mais ofensivo. Depois das conversas no intervalo, o elenco pareceu mais tranqüilo e soube trabalhar e manter a posse da bola.
Aos 11 minutos do segundo tempo o Paraná finalmente levou perigo real ao gol do Juventude. Em jogada truncada, a bola acabou sobrando para o atacante Vandinho. O jogador fez o domínio, entrou na grande área e na hora no arremate chutou muito forte, por cima do goleiro Lauro.
O ritmo do jogo caiu drasticamente. Nenhuma das equipes, por falta de qualidade ou opção, demonstrava interesse em chegar a vitória. O Tricolor teve suas melhores chances em cobranças de faltas, mas normalmente os cobradores exageravam na força ou erravam no pé. Com a vantagem, o Juventude apenas administrou o resultado nos minutos seguintes.
Já nos acréscimos, um lance do ataque paranista gerou muita polêmica em campo. Numa rápida jogada do ataque Tricolor, Leonardo fez a dividida e a bola sobrou para o volante Beto. Marcado por dois zagueiros, o jogador recebeu a falta e foi derrubado na linha da grande área.
Os jogadores partiram para cima do árbitro pedindo pênalti e reclamando muito. Com a ajuda do auxiliar, o árbitro confirmou a marcação da falta, a poucos centímetros da grande área.
Na cobrança, a última chance do Paraná foi desperdiçada pelo jogador Élton, que chutou por cima do gol de André. Fim de jogo no Alfredo Jaconi, com derrota para o Tricolor na estréia do Brasileirão.
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