O jogo
Superioridade alternada
No confronto que tinha dois dos três goleiros convocados para a seleção, o destaque foi a superioridade do Botafogo no primeiro tempo e do Atlético no segundo. Com isso, justiça no 1 a 1.
Em quarto lugar no Brasileiro e precisando vencer para encostar no G3, o Botafogo fez o gol aos 22 do primeiro tempo. Após bela jogada de Jobson, que tabelou com Túlio Souza, o atleta tocou para Edno chutar cruzado, por baixo das pernas de Rhodolfo.
O Atlético só incomodou realmente aos 40 da etapa inicial, quando Vítor exigiu grande defesa do goleiro Jefferson. Porém, logo aos sete do segundo tempo, o goleiro atleticano Neto, também convocado por Mano Menezes para dois amistosos da seleção, contra o Irã no dia 7 e contra outro adversário a definir até o dia 13, também fez uma ótima defesa na cabeçada de Fahel.
Com Paulo Baier no lugar de Chico, o Atlético cresceu e teve duas oportunidades claras de empatar, sempre em jogadas de Branquinho. Porém, Thiago Santos e Guerrón não conseguiram marcar.
Até que, aos 45, Guerrón arrancou no contra-ataque, driblou Fábio Ferreira e empatou o jogo. "Fizemos um brilhante segundo tempo, jogando bem, como se fosse em casa. Dos males, o menor", constatou o técnico Carpegiani.
Quarta-feira, às 19h30, o Atlético enfrenta o Vitória, na Arena. Em sétimo lugar, a preocupação é evitar o salto alto. "Temos de entrar com a mesma pegada que tivemos contra os considerados grandes", alertou Branquinho.
As chaves do jogo
A volta de JobsonApesar dos desfalques, o Botafogo contou contra o Atlético com a volta de Jobson. O atacante foi fundamental na partida ao fazer o lance do gol da equipe carioca.
Baier na etapa finalTendo começado no banco de reservas, a entrada de Paulo Baier no segundo tempo fez a equipe atleticana crescer em campo, sendo melhor do que os donos da casa.
Persistência rubro-negraApesar de perder gols incríveis com Thiago Santos e Guerrón, o Atlético não desistiu e seguiu pressionando, o que acabou resultando no gol aos 45 da etapa complementar.
Fundamental no empate com o Botafogo, o meia Paulo Baier já virou uma preocupação para o técnico Paulo César Carpegiani. O treinador teme o desgaste do jogador mais experiente do elenco atleticano, de 35 anos, diante da necessidade de utilizá-lo principalmente nos jogos na Arena.
"Ele é titularíssimo da equipe, mas é quase desumano este ritmo de jogos às quartas e aos domingos. Ainda mais em um campo pesado como hoje [ontem], no ritmo forte que foi a partida. Estou muito preocupado com isso", afirmou o treinador, relatando que também teme o desgaste extremo de atletas como Bruno Mineiro, Branquinho e Vítor.
Devido a esse temor, Carpegiani já tinha poupado Baier nas últimas quatro partidas fora de casa, quando o Atlético venceu três vezes e perdeu apenas uma. Porém, diante do confronto direto com o Botafogo, o treinador optou por levá-lo e deixá-lo no banco de reservas.
Com o resultado negativo e o futebol ruim da etapa inicial, restou ao comandante colocar o meia em campo após o intervalo. "Por causa da entrada do Paulo, o meio teve mais qualidade e toque de bola. Com isso melhoramos no segundo tempo", assumiu Carpegiani.
A entrada de Baier fez com que o futebol de outros jogadores melhorasse, como o do também meia Branquinho. Responsável pela principais jogadas de ataque do Furacão, o jogador comemorou no final da partida o que considerou a justiça dentro de campo. "Seria injusto que nós saíssemos daqui com um resultado negativo", cravou.
Para o atleta, que deixou por duas vezes os atacantes atleticanos na cara do gol, as chances perdidas e a irritação consequente são normais.
"Vocês nunca vão ver o Branquinho desanimar. Tenho este jeito nervosinho, mas faz parte. O ponto que conseguimos hoje [ontem] foi válido", garantiu um dos jogadores que mais preocupam o técnico Carpegiani.
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