Königstein, Alemanha Dia de estréia para o Brasil na Alemanha. Apesar de entrar em campo somente na próxima terça-feira, contra a Croácia, a seleção terá um dia de expectativa. Às 16 horas (de Brasília), a eterna rival Argentina fará seu primeiro jogo no grupo da morte enfrentando a Costa do Marfim, de Drogba. O duelo em Hamburgo tem importância ainda maior para os hermanos pelo adversário ser considerado, em teoria, o candidato menos cotado a passar de fase, apesar de também constar na lista de possíveis surpresas.
O aprendizado da Argentina com a eliminação na primeira fase de 2002 não deve ser suficiente para tirar da cabeça de milhões de brasileiros a idéia de sentar à frente da televisão para torcer pela primeira vez nesta Copa. Pelos africanos. Como uma espécie de aquecimento.
"Quero ver todos os jogos da Copa que puder. A Argentina é o único time para o qual a gente não consegue torcer, para o qual torcemos contra, não importa em qual esporte seja", disse o meia Juninho Pernambucano, representante de um grupo cuja rivalidade com os vizinhos vem se acirrando nos últimos anos.
Primeiro, pela vitória na Copa América do Peru, em 2003, nos pênaltis, depois de Adriano ter empatado o jogo amplamente dominado pelos argentinos já nos acréscimos. Pelas duas partidas das eliminatórias, 3 a 1 para quem atuou em casa. Mas o embate em Buenos Aires ficou marcado pela avalanche de gols dos bicampeões mundiais logo no início do jogo contra o recém-criado quarteto mágico. A vingança surgiu na Copa das Confederações. Em exibição brilhante na final, o Brasil venceu fácil, por 4 a 1.
Fora de campo, o atacante Adriano chegou a admitir que nem fala com o companheiro de Internazionale, o argentino Verón. Essa bronca pública, porém, virou exceção. "Nosso relacionamento com eles é normal porque todo mundo joga fora do país. Não vou dizer que existe amizade, mas um respeito mútuo que não acontecia antes", comentou Roberto Carlos, que confirmou já ter "secado" muito a Argentina. Hoje, revelou, pretende assistir ao jogo com a Costa do Marfim apenas como observador, para o caso de se enfrentarem durante o torneio.
Usando um tom bem parecido com aquele que os brasileiros reclamam dos argentinos, Ronaldo descartou interesse na rival continental. "Para mim é indiferente a seleção da Argentina, da Alemanha... A gente tem de ver é o nosso caminho", afirmou.
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