O diretor de cinema Emir Kusturica concluiu as filmagens do documentário sobre Maradona e anunciou que ele poderá ser lançada antes do próximo Festival de Cannes, que acontecerá em maio. Na película, Maradona confessa a Kusturica que começou a se drogar quando ainda estava no Barcelona, mas que só foi "descoberto" mais tarde, quando atuava no Napoli, da Itália.
Kusturica revela ainda que Maradona não compareceu a uma audiência com o Papa João Paulo II por ter ingerido, nesse dia, "uma grande dose de narcóticos".
O longa, intitulado "No te olvides de Fiorito" ("Não se esqueça de Fiorito"), foi rodado durante um ano e meio no bairro homônimo de Buenos Aires, onde Maradona nasceu, assim como em Belgrado, Itália, Barcelona e Cuba, entre outros lugares.
Kusturica, nascido na Bósnia, disse que o filme sobre Maradona foi um "teste difícil" e que viajou três vezes à América do Sul para conhecer melhor o jogador, já que precisava de uma história íntima sobre como o ex-craque caiu no "infeliz redemoinho da glória" ao se viciar nas drogas.
- Ele entrava em conflito com cada autoridade, mostrando assim o traço básico de sua personalidade. A maioria dos conflitos aconteceu em clubes nos quais os ricos empresários exigiam mais disciplina dele - disse Kusturica.
- Na verdade, ele se rebelava contra a organização, contra a ordem - acrescentou.
Segundo o cineasta, o filme terá sete capítulos, cada um relacionado a um pecado capital. Todos começarão com lances famosos do jogador, entre eles o gol que o ex-craque marcou em um jogo da Argentina contra a Inglaterra, nas quartas-de-final da Copa de 86, pouco depois da Guerra das Malvinas - conflito que envolveu os dois países.
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