Puerto La Cruz – Ânderson ganhou a posição de Diego e Júlio Baptista pinta como arma a ser utilizada no jogo de amanhã contra o Chile, em Maturín. Essas foram as conclusões deixadas pelo coletivo realizado ontem em Puerto La Cruz. Afonso, que estava bem cotado para entrar no time ao lado de Vágner Love, treinou o tempo todo na equipe reserva.

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O coletivo durou 37 minutos e terminou com a vitória dos titulares por 1 a 0, gol de Maicon. Mais uma vez, o ataque passou em branco. Ânderson ficou na equipe principal durante todo o tempo e Júlio Baptista entrou no lugar de Elano aos 25 minutos.

Com a presença de Júlio Baptista em campo, Dunga ganha mais um jogador alto para tentar aproveitar as bolas aéreas e uma opção para cobrança de faltas. Em conversas com seus companheiros de comissão técnica, o treinador tem feito elogios ao meia do Real Madrid.

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Com o corte de Fred, que chegou ontem ao Brasil, Júlio Baptista surgia como uma opção para o ataque. Mas no coletivo ele jogou na meia, como prefere. "Gosto de jogar como um meia-atacante, chegando de trás. Atuar como centroavante não é minha especialidade, mas se for preciso eu jogo. O Brasil precisa ganhar do Chile e cada um de nós tem de contribuir do jeito que o Dunga pedir."

Júlio Baptista se apresentou em Teresópolis com uma condição física bem abaixo da do resto do grupo. E ainda não atingiu o ponto ideal. "Não sei se consigo jogar 90 minutos, mas uns 70 com força total dá pra garantir. O problema é que não participei de nenhuma partida desde que me apresentei. Se tivesse jogado um pouco, já teria um pouco de ritmo."

Esse é o detalhe que pode fazer com que Dunga decida aproveitá-lo só no segundo tempo. Como Ânderson também não está 100% fisicamente – embora em sua empolgação de menino diga que tem 95% de condição –, colocar os dois desde o início pode significar duas substituições anunciadas.

Pensando nisso – e também no fato de o jogo deste domingo ser debaixo do sol forte das 16 horas na Venezuela (17 h de Brasília) – talvez o treinador aposte no ex-gremista para começar e na força de Júlio Baptista no segundo tempo.

O coletivo de ontem não foi muito animador. Vágner Love continuou isolado, Gilberto não foi à linha de fundo uma vez sequer, os contragolpes continuaram não saindo por falta de velocidade (Ânderson chegava sempre atrasado) e as bolas paradas não funcionaram. O único gol, marcado aos 12 minutos, nasceu de uma distração do time reserva na cobrança rápida de um escanteio. Robinho recebeu de Elano e rolou na entrada da área para o chute de primeira de Maicon.

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Na defesa também houve problemas. O time reserva – que tinha um garoto do time sub-20 local jogando no ataque – quase marcou em dois contra-ataques. Num deles, Afonso perdeu o gol três vezes. Na primeira finalização, cara a cara com Doni, chutou em cima do goleiro. No rebote, ainda livre, escolheu o canto e mandou na trave. Na seqüência, livre e a três passos do gol, recebeu um cruzamento e cabeceou para fora.

O curioso é que Dunga, após dizer em Teresópolis que fazer coletivos não era tão importante, tanto que comandou um apenas no último dia na Granja Comary, mudou de idéia na Venezuela. Fez dois antes do jogo com o México, um ontem e um jogo-treino dos reservas contra um combinado local no dia seguinte à derrota de quarta-feira.