Dilma responde e Blatter volta atrás nas críticas

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Um dia depois de criticar o atraso brasileiro na preparação para a Copa do Mundo de 2014, o que provocou até mesmo uma espécie de resposta da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, amenizou o tom, ontem. Através do microbolg Twitter, o dirigente suíço chegou a dizer que o Mundial será "um sucesso" e que o Brasil será "um ótimo anfitrião".

Em entrevista publicada no domingo pelo jornal suíço 24 Heures, Blatter criticou o Brasil ao afirmar que nunca viu atraso parecido na preparação de um país para sediar a Copa do Mundo desde que começou a trabalhar na Fifa – ele faz parte da entidade desde 1975 e passou a ocupar a presidência em 1998. "Eles começaram tarde demais", criticou o dirigente.

Nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff também utilizou o Twitter para valorizar a preparação brasileira e reforçar a ideia de que essa será a "Copa das Copas", como ela já disse anteriormente. "No Brasil, a Copa estará em casa, pois este é o país do futebol", escreveu Dilma.

Essa foi a primeira manifestação pública de Dilma em 2014. Ainda no Twitter, ela avisou que o país estará pronto para receber visitantes do mundo inteiro durante a realização do Mundial, minimizando o atraso na entrega de seis estádios, incluindo a Arena da Baixada, em Curitiba.

"Os turistas terão oportunidade de conhecer este país multicultural e batalhador. Um Brasil que está enfrentando o desafio de acabar com a miséria e de gerar oportunidades para todos", avisou, em tom de discurso eleitoral.

Sempre político, Blatter mudou a linguagem. Citou, inclusive, a manifestação de Dilma. "Concordo com os comentários de hoje [ontem] de @dilmabr (Twitter da presidente). O mundo todo, incluindo eu, está esperando pela #CopadasCopas. O Brasil será um ótimo anfitrião", escreveu o mandatário da Fifa.

Escrevendo em inglês e português no Twitter, ele também falou rapidamente sobre a preparação brasileira. "Os preparativos estão a todo vapor nas 12 sedes. Brasil/2014 será um sucesso", ressaltou ele, tentando contornar mais uma polêmica entre a Fifa e o governo federal antes da Copa, cuja abertura será no dia 12 de junho, em São Paulo.