Elenco
Parada da Copa teve revolução
Durante a paralisação forçada pela Copa do Mundo, o Atlético aproveitou para, segundo Ocimar Bolicenho, promover uma "verdadeira revolução" no departamento de futebol. "Sentimos que precisávamos de renovação. O elenco inchou e agora com a sequência de jogos vamos filtrar quem realmente interessa e tentar remanejar os demais jogadores", informou.
Ontem, além dos reforços apresentados, o dirigente aproveitou para confirmar a contratação do lateral direito Éder, do Grêmio Prudente, a 10ª do clube na temporada. Antes já chegaram o zagueiro Eli Sabiá, do Paulista; o lateral Paulinho, do Novo Hamburgo-RS; os volantes Vítor, ex-União Barbarense, e Olberdam, ex-Sporting Braga (Portugal); os meias Ivan Gonzalez, ex-Cerro Porteño (Paraguai), Mithyuê, ex-Grêmio; e o atacante Thiago Santos, contratado do Marília.
O clube também repatriou o zagueiro Gustavo Araújo e o atacante Anderson Aquino e contou com a recuperação do volante Claiton. Na outra ponta da reformulação, Wallyson foi para o Cruzeiro, o volante Valencia e o atacante Toledo também deixaram a equipe, e Alan Bahia deve ir para o Catar.
A apresentação do atacante equatoriano Joffre Guerrón no Atlético foi prestigiada por cerca de 300 torcedores, ontem de manhã, em frente da Arena. O atacante fez uma declaração à torcida de cima de um palanque de madeira montado pela diretoria do clube. No discurso, ele prometeu empenho e fez elogios ao Furacão.
"Estou com um uma vontade incrível de jogar neste clube reconhecido internacionalmente e de dar alegrias à torcida", disse o atacante, que foi destaque da Libertadores 2008 defendendo a campeã LDU (Equador). Em uma das marquises do estádio, duas faixas davam bienvenido ao atleta e a outro gringo que chegava à Baixada: o centroavante argentino Federico Nieto.
Apontado como a contratação mais cara da história do clube (estima-se que o Atlético tenha pago 1 milhão de euros ao Getafe da Espanha), El dinamita (dinamite), apelido de Guerrón no futebol equatoriano, por causa de seu chute forte, se incorpora ao Rubro-Negro com a responsabilidade de melhorar o rendimento ofensivo do Atlético, problema nos últimos dois anos. Mesmo período em que o jogador foi pouco aproveitado no Getafe e no Cruzeiro.
O candidato a ídolo, porém, já avisa que não é especialista em marcar gols. "Não sou um goleador, sou um atacante de velocidade que às vezes faz gols", afirmou. Sobre a posição desconfortável do Atlético na tabela (o primeiro fora da zona de rebaixamento), mostrou-se otimista. "O campeonato apenas começou. Tudo ainda está por fazer e eu sei que temos time para conseguir chegar às primeiras posições", comentou.
Segundo o diretor de futebol Ocimar Bolicenho, mesmo com propostas dos clubes mexicanos América e Cruz Azul, do Genoa, da Itália, e do Espanyol, de Barcelona, o atacante optou pelo Furacão. "Foi uma transação entre clubes, negociamos diretamente com o Getafe sem intermediários o que é uma coisa rara no futebol atual. Assim pudemos fazer este esforço financeiro e temos grande expectativa quanto aos dois atletas", afirmou.
O centroavante Federico Nieto, com passagens em clubes da Primeira Divisão argentina e pelo futebol italiano, português e escocês, encara a chegada ao Atlético como um salto na carreira. "É uma grande possibilidade de mostrar futebol. Sei que compatriotas meus aqui estiveram, uns triunfaram e outros não. Venho para mostrar o meu futebol", disse o jogador de 1,90 m de altura, que chega para ser o atacante de referência na área pedido pelo técnico Carpegiani.
Os dois tiveram 100% de seus direitos comprados pelo clube, com contratos de três anos.
Deixe sua opinião