Por que você recusou a proposta do Betis?
Eu decidi porque estou em um momento bom, o time está em ascensão. E financeiramente lá para mim não ia ser ruim, mas não ia ser bom.
O fato de você ser oriundo das categorias de base pesou para a permanência?
Foi o principal peso. Depois de começar no Atlético, hoje estou beirando os 150 jogos. Cresci aqui. Quando eu estava na base e vinha ver os jogos do profissional, sempre sonhava em estar aqui. Hoje, realizando isso, é muito gratificante. Dinheiro não é tudo. Pesou muito a camisa, o amor que eu tenho por este clube. E foi muito em cima da hora. Achei melhor ficar. Quem sabe mais para a frente, se aparecer outra coisa, a gente pode pensar.
Especulou-se que o problema seria você ter de receber o mesmo salário até o final do contrato de cinco anos. É verdade?
Não. No contrato, cada ano ia subindo. Isso que é o normal. Eu pesei, coloquei na balança os prós e contras. O que pesou foi financeiramente, mas não só isso.
Como você viu essa confusão, esse vai não vai?
Eu nunca falei que tinha ido. Ninguém ouviu eu falando alguma coisa. Não dei declaração para ninguém que eu estava indo embora. Entre o Atlético e o Bétis estava tudo certo. Mas o Atlético não tem nada a ver com isso, não foi culpa deles, fui eu que não quis.
Cavalo encilhado passa duas vezes?
Já passou. Não é a primeira proposta que chegou para mim ou para o Atlético. Tenho de continuar trabalhando. O meu sonho é jogar na Europa, mas não era a hora.
Já está com a cabeça de volta ao Brasileiro?
Contra o Grêmio, eu conversei com o Carpegiani, falei que estava à disposição dele. Foi ele que achou melhor eu sair para resolver isso em casa, com calma, que eu não ia ter cabeça. Hoje estou aqui, com o foco 100% no Atlético, nesse jogo de amanhã [hoje] que é muito importante para a gente.
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