Um diretor do clube egípcio Al-Masry, Mohamed Sein, denunciou nesta quinta-feira (2) à Agência Efe a existência de pistoleiros infiltrados entre os torcedores da equipe da cidade de Port Said, que na quarta-feira foi cenário da maior tragédia do futebol egípcio, com 74 mortos.
"Não entendo como os torcedores do Al-Masry puderam fazer isso após a vitória. Acredito que havia pistoleiros infiltrados que os incitaram", disse Sein no estádio de Port Said.
Veja as fotos do confronto no estádio egípcio
Vídeo mostra confusão dentro de estádio
A selvagem batalha entre os torcedores do Al-Masry e os de seu rival, o Al Ahly, do Cairo, começou logo após o árbitro apitar o final da partida vencida por 3 a 1 pelo time da casa.
Sein explicou à Efe que há poucos dias a direção do clube se reuniu com os torcedores para pedir-lhes que recebessem os seguidores do Al-Ahly de maneira civilizada, o que foi prometido por eles.
Na quarta-feira à noite, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, que controla quase metade do Parlamento egípcio, culpou os partidários do antigo regime de Hosni Mubarak pela tragédia.
Segundo contou à Efe um testemunha dos fatos, Hosam Mohamed Mustafa, os torcedores do Al-Masry lançaram ameaças de morte aos torcedores e jogadores do time rival desde o início do jogo, e no final invadiram o campo para persegui-los. EFE
Polícia não agiu por medo dos torcedores
A Polícia não agiu para tentar evitar a maior tragédia do futebol egípcio porque teve medo dos torcedores, assegurou nesta quinta-feira à Agência Efe o diretor do estádio da cidade de Port Said, Mohamed Yunis.
"Os policiais não agiram porque tiveram medo. Limitaram-se a olhar porque temiam ser linchados", assinalou Yunis no estádio, onde ainda há garrafas, cadeiras arrancadas e sapatos espalhados.
Yunis antecipou ainda que as investigações nas instalações esportivas terão início em breve.
A selvagem batalha entre os torcedores do clube local de Port Said, Al-Masry, e os de seu rival, o Al Ahly, do Cairo, começou logo após o árbitro apitar o final da partida vencida por 3 a 1 pelo time da casa.
Yunis assinalou que desde a semana passada os torcedores das duas equipes vinham se provocando nas redes sociais.
Segundo contou à Efe um testemunha dos fatos, Hosam Mohamed Mustafa, os torcedores do Al-Masry lançaram ameaças de morte aos torcedores e jogadores do time rival desde o início do jogo, e no final invadiram o campo para persegui-los.
A calma voltou nesta quinta ao estádio e a suas imediações, de onde ainda não foram retirados alguns veículos carbonizados durante os distúrbios, segundo constatou a Efe.
Secretário de segurança é demitido
O secretário de segurança da cidade egípcia de Port Said (norte), onde pelo menos 74 pessoas morreram na quarta-feira à noite em atos de violência após uma partida de futebol, foi demitido.
O ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, decidiu destituir Esam Samak do cargo "após os acontecimentos de Port Said", informou a agência Mena.
O caos explodiu após o fim da partida entre Al-Masry e Al-Ahly, que terminou com vitória de 3-1 do Al-Masry.
Centenas de torcedores do Al-Masry, clube de Port Said, invadiram o gramado e atiraram pedras e garrafas contra os torcedores do Al-Ahly, equipe do Cairo.
O Exército foi mobilizado na cidade, que fica na entrada norte do canal de Suez, para evitar novos confrontos. A polícia anunciou a detenção de 47 pessoas.
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