Após a derrota para o Bahia, o goleiro Juninho cobrou apoio da diretoria paranista. O assessor de futebol Paulo César Silva respondeu às críticas do goleiro, mas também colocou na parede os demais dirigentes. Um dos alvos foi o presidente Aquilino Romani, que, após as declarações de Silva, convocou uma reunião urgente na tarde de sábado. Depois disso, a cúpula tricolor afinou o discurso e compareceu em peso no treino realizado na Vila Capanema em pleno domingo de eleição.
Além de Romani e Silva, lá estava o diretor de futebol, Guto de Melo. Os três acompanharam das cadeiras sociais o técnico Roberto Cavalo comandar um rachão, a dois dias do jogo com o América-MG (terça-feira, às 21h50, na Vila).
Antes de subir as escadas do setor, o presidente do clube deixou seu recado. "Eu sempre acompanho os treinos, sempre estou no estádio. Só acho que ir lá vestiário não faz o time ganhar jogo", afirmou, garantindo que esteve em um camarote vendo derrota por 1 a 0 para os baianos na sexta-feira.
A presença que não comoveu Juninho. Depois do treino, o goleiro voltou a criticar a morosidade dos dirigentes. "Os caras dizem que comparecem, mas não comparecem. Eu não reclamo do presidente, ou de qualquer pessoa, mas eles têm de fazer e cumprir, e não só imaginar que fizeram", disse.
Com salários atrasados há um mês, ele ainda não sabe se vai renovar contrato com o Tricolor. "Minha família gostou muito da cidade, eu me identifiquei com o clube, mas é preciso que o Paraná se organize melhor ano que vem", avisou, afirmando já ter recebido propostas para deixar o clube.
Apesar das fortes declarações, a diretoria trata a renovação do camisa 1 como prioritária. Seria a base de um elenco que deve ser desmanchado ao fim da temporada. O inchado grupo conta atualmente com 42 jogadores e poucos devem permanecer.
Para o jogo de terça-feira, a novidade será o atacante Rodrigo Pimpão. Ele cumpriu suspensão na última rodada por causa da expulsão no clássico Paratiba e agora formará a dupla de ataque com o garoto Kelvin.
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