Tricolores
Mudança
Como o zagueiro Luiz Henrique não jogará amanhã, por causa de uma lesão na coxa, o técnico Roberto Cavalo optou por mudar o esquema tático do Paraná. Contra o América-RN, o time deixa o 3-5-2 para atuar no 4-4-2. Edimar entra no lugar do defensor, compondo uma trinca de volantes com Chicão e Luiz Camargo.
Dúvida
Com a mudança do esquema, o Paraná terá apenas um homem de criação no meio de campo, cuja escalação segue em dúvida. Cavalo deve definir hoje, já em Natal, se mantém Wanderson ou escala Ceará. "Preciso ver qual dos dois está melhor fisicamente", explica o técnico.
O assédio de empresários em cima do atacante Kelvin, de 17 anos, aumentou tanto desde o gol da vitória contra o América-MG, na última terça-feira, que pela primeira vez a diretoria do Paraná admite a possibilidade de negociá-lo. O primeiro empresário a conversar com a cúpula tricolor para tentar adquirir os direitos econômicos da maior revelação paranista dos últimos anos é Carlinhos Sabiá. O ex-jogador do clube representa a HAZ Sports Agency, grupo de investimento que levou o ex-atleticano Alex Sandro para o Santos.
Após desmentir na semana passada que estava em Curitiba para avaliar Kelvin, Sabiá confirmou que se reuniria no início da noite de ontem com a diretoria tricolor para apresentar uma proposta pelo jogador.
"Não posso falar [em valores] porque não sei o que eles querem, mas estou disposto a fazer uma proposta", dizia o empresário antes da reunião. Após o encontro, ele não atendeu às ligações da reportagem.
Pela avaliação do empresário, Kelvin interessa por ser um atleta de personalidade, mesmo sendo apenas um adolescente. "Ele é totalmente diferenciado. Joga como se estivesse há dez anos lá [no profissional]. Não está nem aí [para pressão]. Basta ver o que fez com o Flávio [experiente goleiro do América-MG]", enfatiza.
Mesmo admitindo não estar participando da negociação, o coordenador de futebol, Guto de Melo, confirma que, além de Carlinhos Sabiá, outros empresários têm procurado a diretoria para conversar sobre o atacante.
O vice-presidente de futebol, Aramis Tissot, argumenta que, com a dificuldade financeira que o clube vive, será difícil segurar o jovem talento. "Se alguém chegar e oferecer o valor da multa, o Paraná não tem muito o que fazer", admite.
Na semana passada, o Paraná aumentou a multa rescisória do contrato de Kelvin de aproximadamente R$ 800 mil para perto de R$ 7 milhões para o mercado brasileiro e R$ 22 milhões para o exterior. Entretanto, a diretoria não conseguiu aumentar o prazo do contrato, que segue sendo até maio de 2012. Com isso, o jogador pode ser negociado a partir do fim de 2011, já que a Lei Pelé permite que os atletas façam pré-contratos com outras equipes seis meses antes do término de seus vínculos.
Mesmo com tamanha dificuldade, o Tricolor ainda vai tentar manter o jogador na Vila Capanema o máximo que puder. "Eu sempre disse e mantenho minha posição: acho que o Kelvin tem de ficar no mínimo uma temporada no clube, jogar o Paranaense pelo menos. Mas não posso ser hipócrita para a torcida e dizer que o Paraná vai segurar o Kelvin. É muito difícil isso acontecer", reforça o assessor de futebol Paulo César Silva.
* Colaborou André Pugliesi.
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