O Paraná Clube perdeu nesta segunda-feira um de seus fundadores. Morreu em Curitiba o empresário Raul Trombini, aos 73 anos de idade, vítima de câncer. Curitibano, adepto do Ferroviário e, posteriormente, do Colorado, além de fundador, Trombini foi presidente do Conselho Normativo do Tricolor.
"Uma perda lastimável para a torcida paranista. O Raul era praticamente um símbolo do Colorado, e dedicou-se muito ao Paraná também. Por exemplo, ao comprar dois camarotes no projeto de retorno à Vila Capanema", diz Aurival Correia, presidente do Paraná.
"É uma perda daquelas que desestrutura. Se não foi o maior entusiasta do Paraná, foi um dos. Ele era muito apaixonado pelas coisas que fazia", afirma Ernani Buchmann, presidente do clube no biênio 96-97.
Ao lado do irmão Renato, Trombini representou o antigo Boca-Negra ativamente nas reuniões com dirigentes do Pinheiros, que acabaram por determinar a criação do Paraná.
"Lembro que, por algum motivo, eu tive um entrevero com o pessoal do Pinheiros e não queria mais assinar a escritura da fusão. Ele foi me buscar em casa e me levou até a Federação (Paranaense de Futebol) para fazer isso", relembra Buchmann, dirigente também oriundo do Colorado.
Além da bola, Trombini destacou-se no turfe paranaense, criador de cavalos puro-sangue. Nos negócios, teve grande sucesso com suas empresas, do ramo de florestas, celulose, papel, sacos de papel e embalagens de papelão ondulado. Dedicou-se também à criação de cavalos puro-sangue.
Raul Trombini era casado com Berenice Lacombe Trombini, com quem teve os filhos Vera Lúcia, Ana Lúcia, Ricardo e Roberto, que lhe deram 10 netos e um bisneto.
O corpo do empresário e paranista notável está sendo velado no Cemitério Parque Iguaçu. O sepultamento está marcado para às 11 horas desta terça-feira (02).