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Os presidentes do Flamengo e do Botafogo, Márcio Braga e Bebeto de Freitas, respectivamente, terão uma reunião com o deputado Rodrigo Maia, líder do PFL na Câmara, para tentar o apoio do partido dele para retirar a obrigatoriedade de os clubes se transformarem em empresas, para que a loteria Timemania seja aprovada. Como Maia lidera uma das maiores bancadas do Congresso, os presidentes tentarão o apoio do parlamentar, que se mostrou irredutível na sua posição.

- Eu não vou mudar minha opinião. O PFL vai votar para que seja mantida a obrigatoriedade. Vou receber os dirigentes, pois recebo qualquer pessoa, mas não vou fazer nenhum acordo - afirmou Maia.

Caso a loteria seja aprovada, os times poderiam quitar suas dívidas com o governo, através do que for arrecadado. De acordo com os clubes, esta seria a salvação das instituições, que estão há anos atoladas em dívidas. Rodrigo Maia critica a postura dos dirigentes.

- Não vou defender e ajudar os dirigentes. Tenho que defender a sociedade. Caso seja liberada a obrigatoriedade, eles estarão aptos a se endividarem mais ainda. Eles pagarão o que devem ao fisco, o governo libera e depois voltará tudo ao que era antes - disse o deputado.

O parlamentar, que é botafoguense, assim como seu pai, o prefeito do Rio César Maia, apontou o que pode ser um caminho para que os clubes consigam alterar o projeto.

- Quem sabe eles não conseguem a liberação na votação? Pode ser que o governo tenha a maioria, é só não contar com os votos do meu partido - encerrou o líder da oposição.

Além do PFL, outros dois partidos têm se colocado contra a aprovação da Timemania sem a contrapartida de os clubes virarem empresa, são eles o PSDB, através do deputado Alberto Goldman e o PPS, através da deputada Denise Frossard.

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