O Paraná divulgou ontem, em seu site oficial, o que foi feito com o dinheiro recebido com o leilão da sede do Tarumã, realizado em abril de 2013. Dos R$ 30 milhões pagos pelo Grupo Tacla pelo imóvel, quase metade foi destinada para bancar dívidas com o INSS: R$ 13,4 milhões ou 49,74%.
Débitos com o Imposto de Renda consumiram outros R$ 7,9 milhões e as dívidas trabalhistas, algumas que se arrastam desde 1990, custaram cerca de R$ 2,7 milhões ao clube. O Paraná ainda quitou uma dívida de R$ 3 milhões com a empresa Systema, que participou da negociação do meia Thiago Neves em 2006, na gestão de José Carlos de Miranda. Os dados foram apresentados pela diretoria durante reunião do Conselho Deliberativo, em abril. O demonstrativo de pagamento foi entregue ainda ao Conselho Fiscal.
À época do leilão, a expectativa do clube era de que restasse uma parte considerável do valor de R$ 30 milhões para ser reinvestido no clube. No total, o Paraná usou R$ 27.101.099,25 apenas para quitar dívidas. O clube não mencionou o destino dos cerca de R$ 2,8 milhões restantes.
"O valor arrecado foi de R$ 30 milhões. Conforme está na nota, o saldo foi lançado na conta corrente do clube, que direcionou para pagamento de seus compromissos salariais, direitos de imagem dos atletas, compromissos com fornecedores e outros", explicou, por mensagem de celular, o vice de futebol do clube, Celso Bittencourt.
Já sobre o balanço financeiro anual, que deveria ser publicado até o fim de abril, a promotoria de defesa do Consumidor definiu que o clube, assim como o Atlético, tem de apresentar as justificativas para o atraso até hoje.
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