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Atlético (Rui Ferraz Paciornik), Coritiba (Paulo Jamelli) e Paraná (Gayer Neto) mandaram dirigentes do segundo escalão ao arbitral . | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Atlético (Rui Ferraz Paciornik), Coritiba (Paulo Jamelli) e Paraná (Gayer Neto) mandaram dirigentes do segundo escalão ao arbitral .| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Dessa vez o problema não foi o campeonato, mas a arbitragem. De-pois de muita demora, com alguns conflitos, o Paranaense de 2009 ficou praticamente definido no arbitral de ontem. Já não se pode dizer o mesmo da situação dos apitadores. Reivindicando melhor remuneração, a classe acabou dividida antes mesmo de ver o assunto discutido. Tudo acabou em bate-boca.

Afonso Víctor de Oliveira, presidente da Comissão de Arbitragem e da associação reconhecida pela FPF como representante legal da categoria, nem começou a falar quando foi interrompido bruscamente. Com uma medida cautelar, Airton Nardelli, presidente do Sin-dicato dos Árbitros, requeria para si a representação do quadro da classe no estado. Foi então que Hélio Cury, presidente da FPF, perdeu a paciência e mandou Nardelli limitar-se "à sua ignorância".

O dirigente da entidade maior do futebol do estado também avisou, irritado: "A história do futebol paranaense mudou, meu amigo. Você ainda não caiu na real". Referia-se a ex-árbitros que participam da gestão de Nardelli que tiveram a ética questionada no Caso Bruxo, em 2005, sem que, contudo, ainda nada tenha sido comprovado (apesar de condenações no STJD).

A discussão só acabou quando Oliveira falou apenas em nome da Comissão de Arbitragem, o que não mudou nada, já que as duas propostas de remuneração (que têm em comum um aumento acima de 100% para a categoria) nem foram avaliadas. A discussão foi adiada e ainda não tem data para acontecer.

No mais, o arbitral de ontem teve poucas novidades. De relevante ao torcedor, no regulamento que valerá pelos próximos dois anos, apenas o preço mínimo do ingresso, que passará a ser, por proposta de Paraná e Londrina, R$ 20 (R$ 10 a meia).

A nova fórmula foi mantida mesmo com 15 clubes – pela desistência da Adap Galo. A primeira fase será em turno único. Os três piores serão rebaixados e os oito melhores seguem adiante com bonificação de 2 e 1 pontos para primeiro e segundo, respectivamente. Também em turno único, o campeão será quem somar mais pontos na fase final.

A Série Ouro do ano que vem começa dia 24 de janeiro e termina entre os dias 26 de abril e 3 de maio. A tabela ainda não está pronta e deverá ser apresentada no próximo dia 24. Contudo, Operário, de Ponta Grossa, e Francisco Beltrão enviaram um pedido de inclusão na competição, para tentar ficar com a vaga do time de Maringá. O pedido foi negado pela FPF.

A discussão promete, como sempre, parar nos tribunais. "Acho que ainda vai dar zebra. Se os dois buscarem na Justiça é capaz de ganharem e tudo ir por água abaixo", disse, pessimista, Luiz Linhares, o presidente do Engenheiro Beltrão.

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