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Atlético, Coritiba e Paraná ainda são clubes de alcance municipal. Apesar da presença ininterrupta na Série A do futebol brasileiro há nove anos e de se revezarem na briga pelas primeiras posições do Nacional nas últimas décadas, os três ainda não conseguiram estender suas fronteiras de influência. Com exceção da capital e de parte do litoral, nem dentro do próprio estado o trio-de-ferro tem a preferência dos torcedores.

Das oito cidades mais importantes do interior e do litoral que fazem parte do levantamento da Paraná Pesquisas, atleticanos, coxas-brancas e paranistas são minoria em sete. Somente em Antonina as equipes paranaenses fazem sucesso. Ao todo, 41,36% dos moradores da região vibram com times do estado – Atlético (1.º com 22,50%), Coritiba (2.º com 13,86%), Paraná (6.º com 4,32%) e Rio Branco (10.º com 0,68%). Já as agremiações paulistas aparecem em segundo lugar, com 14,32% do mercado.

Nas demais localidades, a derrota é por goleada. São Paulo repete a prioridade no coração dos torcedores em seis municípios – Apucarana, Cambé, Cascavel, Maringá, Londrina e Ponta Grossa. O Rio de Janeiro mostra maior vitalidade em Paranaguá. O Paraná é o terceiro, com participação irrisória, em grande parte desses territórios. Só ocupa a segunda colocação em Londrina e Ponta Grossa.

Além da maior presença na mídia nacional e do maior poderio econômico, a avantajada fatia de torcida para representantes de outras unidades da federação pode encontrar explicação na história paranaense.

Província de São Paulo, o Paraná só conseguiu sua emancipação política em 1853. Com terras férteis e de baixo custo em abundância, virou pólo de imigração e migração. Ao mesmo tempo em que alemães, italianos e poloneses se estabeleciam na região, mineiros, paulistas, cariocas e gaúchos também tentavam a sorte por estas bandas. Por isso a influência externa é tão forte longe da capital.

O maior exemplo ocorre em Apucarana. Corinthians (26,89%), Santos (13,11%), Palmeiras (10%) e São Paulo (7,11%) são as equipe mais admiradas. O estado vizinho atinge expressivos 57,33% da preferência local. O Rio de Janeiro – na verdade o Flamengo – tem ínfimos 3,56%, deixando o Paraná para trás, com 2,44%.

Como ocorre na capital, o Atlético é o mais querido do trio – e esse desempenho se estende a todas as cidades pesquisadas, com empate técnico em relação ao Coritiba em alguns casos. O Furacão tem 1,11% em Apucarana, contra 0,44% de Coritiba e 0,22% do Paraná. O Tricolor está bem abaixo dos rivais em popularidade. Em Cambé, por exemplo, o clube nem aparece nos resultados, enquanto rubro-negros somam 0,98% e alviverdes 0,33%.

Um dos destaques do estudo é a admiração pelos cariocas em Paranaguá. O Flamengo tem 13,42% da torcida na região e o Vasco alcança 6,03%. A fatia carioca é de 21,55%, pouco maior que os 20,94% dos paulistas. Também vale ressaltar os números do Rio Branco. O Leão da Estradinha tem 5,30% da preferência, ficando acima do Coxa (4,68%) e do Paraná (1,48%). Apenas o Rubro-Negro apresenta mais fôlego dentre os paranaenses: 6,90%.

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