Mesmo com um jogador a mais em boa parte do segundo tempo, o Coritiba não conseguiu derrotar o São Paulo no Couto Pereira. Com o resultado de igualdade, o Alviverde ficou a dois pontos do primeiro candidato ao rebaixamento, o Sport, derrotado pelo Corinthians por 3 a 0. Continua delicada a situação coritibana, mais complicada também pela reação do Palmeiras de Gílson Kleina, com duas vitórias consecutivas. O jogo voltou a evidenciar as falhas do Coritiba. O meio de campo foi equilibrado. No setor de combate e criatividade, as duas equipes foram equivalentes. Lucas, em algumas jogadas, revelou sua classe de craque, com velocidade e talento, mas foi pouco para um São Paulo carente de um finalizador, desfalcado de Luis Fabiano.
Drama do Atlético
Com um belo gol do zagueiro Alex, com uma bicicleta no melhor estilo, o Paraná derrotou o São Caetano, se ajudou e colaborou com o Atlético. O Rubro-Negro não soube aproveitar o presente paranista e conseguiu perder para o fraquíssimo Bragantino, em outra falha do zagueiro Manoel, no segundo gol do Braga. Foi o desperdício de uma oportunidade especial de chegar ao G4. Fernandão deixou de marcar um gol na cara da meta adversária. O Atlético vive um drama saboroso: está pronto para mergulhar no grupo dos que sobem. Ao contrário, o Coritiba está maduro para afundar no grupo dos rebaixados. Já o Paraná conquistou uma expressiva vantagem de dez pontos sobre o Guaratinguetá, 17.° colocado na Série B.
Correção necessária
Ao retornar de uma circulada de dez dias por Portugal, abro a caixa de mensagens do computador que uso para o meu trabalho e me deparo com uma correção feita pelo ex-presidente do Atlético, Marcos Malucelli.
Recentemente este colunista, por equívoco, escreveu que o atual presidente do Atlético fora anistiado depois de ser banido do futebol em consequência do episódio envolvendo repasse de dinheiro para o diretor de árbitros da CBF, Yvens Mendes, tudo gravado pela TV Globo. Petraglia recorreu da decisão de banimento aplicada por "dar ou prometer qualquer vantagem a árbitro ou auxiliar de arbitragem para que influa no resultado da competição".
No julgamento do recurso, o ato delituoso foi desclassificado, contra o voto do relator. A infração foi enquadrada em um artigo mais brando e Petraglia foi punido com um ano de suspensão. Ocorre que o prazo de um ano já fora decorrido e, no julgamento do recurso, a pena foi dada como cumprida.
Aí o meu equívoco: Petraglia não foi anistiado. Mas não cumpriu a pena de suspensão por ato de corrupção pela lentidão da Justiça Desportiva. Um episódio vergonhoso do futebol tratado com descaso.
MCP não foi anistiado. A pena aplicada foi revista e, de banimento, passou para suspensão por prática de corrupção.
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