A vitória da organização. Esta foi a definição do técnico Ricardo Drubscky para o resultado que colocou o Atlético provisoriamente no G4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Mesmo sem apresentar a mesma segurança na defesa, que durante toda a partida levou sustos nos contra-ataques do Avaí, o time rubro-negro trocou passes sob o comando de Paulo Baier, titular depois de quase quatro meses como reserva. O maestro, como é conhecido, conduziu o meio-campo da equipe da casa na vitória por 3 a 1. A torcida gostou e, quando Marcão fez o gol derradeiro aos 37 do segundo tempo, a torcida cantou no Ecoestádio: "o Furacão voltou!".
Responsável pela assistência em dois dos três gols marcados pelo Atlético no jogo, Baier foi um dos jogadores mais lembrados pelo técnico após o jogo. "O Paulo é incontestável", defendeu o treinador atleticano. "Para mim, é chover no molhado. Ele sempre joga bem", completou Druscky, que brincou com o fato de a torcida sempre pedir a presença do meia entre os titulares.
Para Drubscky, o meia foi o ponto de equilíbrio do time que sofreu para furar o bloqueio avaiano. Jogando nos contra-ataques, o Avaí chegou a marcar um gol e empatar a partida ainda no primeiro tempo. Mas, se por um lado a defesa tinha dificuldades em parar as tramas de ataque do adversário, o ataque respondeu com três gols trabalhados no toque de bola.
"O primeiro foi fruto da organização; no segundo, mesmo com chute de fora da área, saímos com a bola trabalhada", comentou o técnico. "Às vezes, parece que a gente não quer jogar, mas a gente está estudando uma melhor forma de chegar ao gol", disse.
A oito rodadas do fim do campeonato, o discurso atleticano é de urgência. A vitória sobre o Leão da Ilha mal tinha sido comemorada quando os jogadores já projetavam o que deve ser o desafio contra o líder Vitória, no próximo sábado (20).
"Vai ser jogo de time grande, de cachorro louco, quem tiver mais ligado, vai vencer", projetou o goleiro Weverton. "São dois times de Série A. Vai ser o jogo da rodada", reforçou Drubscky.
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