Os organizadores do Torneio de Dubai afirmaram nesta terça-feira que temeram por um boicote generalizado à competição, da parte de torcedores locais, se contassem com a presença da tenista israelense Shahar Peer, que teve negado seu visto de entrada nos Emirados Árabes Unidos.
"É preciso levar em conta o sentimento do público do Oriente Médio em relação a Israel. Acreditamos que a presença de Peer irritaria os torcedores, que acompanharam ao vivo pela TV a situação na Faixa de Gaza", disse o diretor do torneio, Salah Tahlak, em nota oficial.
Ele acrescentou que havia temor inclusive em relação à segurança da tenista, que foi vítima de protestos durante um torneio na Nova Zelândia, antes da disputa do Aberto da Austrália. "Tememos que sua presença aqui pudesse proporcionar novos protestos, inclusive contra o próprio torneio. Não desejamos politizar o esporte, mas temos de ser sensíveis aos eventos recentes e não podemos colocar em risco outras jogadoreas e os torcedores de muitos países que temos aqui", concluiu.
Peer, número 45 do mundo, e que teve um irmão reservista convocado para lutar em Gaza, lamentou a decisão. "A política e a discriminação não deveriam ter lugar no esporte. Espero que essa injustiça não se repita", disse a tenista. A WTA vai discutir no mês que vem eventuais sanções aos organizadores de Dubai, que podem ter novos problemas nesta semana: o israelense Andy Ram, um dos melhores duplistas do mundo, já pediu seu visto de entrada para participar do torneio masculino de Dubai, na semana que vem.
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