Na saída, candidatos tentam demonstrar confiança
Em entrevistas concedidas após o debate, todos os candidatos tentavam demonstrar segurança e afirmar que haviam atingido os seus propósitos. Gustavo Fruet e Rafael Greca insistiram que as pesquisas não mostram a verdade e que irão para o segundo turno.
Fruet chegou a dizer que as pesquisas, nesta reta final, estariam sendo "ajustadas" à realidade, preparando uma mudança de números para não ficarem distantes do resultado final apontado nas urnas.
Greca, por sua vez, disse que não confia em "prostitutos" de pesquisa, já que "em 20 anos as pesquisas em Curitiba sempre estiveram erradas".
O prefeito Luciano Ducci deixou o debate afirmando que os outros candidatos parecem "não viver em Curitiba", já que apresentariam ao eleitor uma cidade com muitos problemas. Disse que a capital ainda precisa ter algumas melhoras, mas que é preciso reconhecer que Curitiba é uma referência para o país.
Sobre as críticas do atual prefeito, Ratinho disse que ainda não tem o custo total de algumas obras que propõe até por falta de transparência da administração do município. Isso ocorreria no caso das calçadas, por exemplo, já que a Urbs não liberaria dados sobre urbanismo para que a proposta fosse refinada.
Bruno Meirinho destacou que foi o único a não fazer acusações pessoais, preferindo discutir unicamente propostas para a cidade.
Líderes nas pesquisas de intenção de voto, Luciano Ducci e Ratinho Junior foram os dois mais pressionados pelos adversários no debate promovido pela RPC TV na noite de quinta-feira (4). Último confronto entre os postulantes à prefeitura de Curitiba, o debate terminou já na madrugada e foi considerado tenso, embora o nível de agressividade tenha sido menor do que o registrado no debate da RIC, três dias antes.
â Debate: veja como foi a transimssão interativa da Gazeta do Povo
Depois de um primeiro bloco tranquilo, o confronto entre Ducci e Gustavo Fruet (PDT) esquentou a segunda parte do debate, quando as perguntas com tema livre foram liberadas. Fruet usou um assunto pouco explorado na campanha e pediu que o prefeito explicasse sua atuação no caso de João Claudio Derosso, o ex-presidente da Câmara de Curitiba que acabou cassado neste ano após denúncias de fraudes em contratos de publicidade.
Ducci disse que sempre defendeu que os culpados fossem punidos. Fruet não se contentou com a resposta e afirmou que cabe ao prefeito liderar a política na cidade. Disse ainda que foi o único a agir com firmeza no caso, pedindo o afastamento de Derosso. Ducci rebateu afirmando que foi seu candidato a vice, Rubens Bueno (PPS), o mais firme, ao ter solicitado os documentos sobre o caso à Câmara.
Ratinho chegou a reprovar o comportamento dos dois adversários que elevavam o tom da discussão. Logo a seguir, porém, entrou em uma polêmica com o prefeito Luciano Ducci, que durante todo o debate tentou demonstrar que o candidato do PSC faria propostas fantasiosas, sem saber como encaixá-las no orçamento. Ducci disse que Ratinho precisaria de R$ 4 bilhões para fazer as calçadas que promete e de R$ 270 milhões anuais para manter os módulos da Guarda Municipal anunciados em seu programa.
Ratinho Junior reagiu dizendo que "o metro quadrado do prefeito" é mais caro do que o dos outros. Mais tarde, também criticou duramente a obra do viaduto estaiado da Avenida das Torres, que classificou como desperdício, uma obra "para turista tirar fotos".
Rafael Greca (PMDB) manteve sua postura de crítica a todos os adversários e chamou a atenção com tiradas irônicas. Sobre os problemas com esgoto apontados na Sanepar, por exemplo, disse que "não chove cocô" em Curitiba. Sobre os hospitais da mulher prometidos, repetiu que prefere hospitais gerais a "hospitais das loiras".
Greca e Fruet fizeram também cobranças do prefeito em relação aos radares de trânsito, que não registraram integralmente o acidente em que Gilmar Yared e Carlos Murilo de Almeida morreram numa colisão com o carro do ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho, em 2009.Bruino Meirinho (PSol), o quinto e último participante do debate, centrou seu discurso na desigualdade de Curitiba eem temas sociais, como o machismo.
Debate na RPC TV