A seleção brasileira de vôlei masculino tem hoje a oportunidade de recuperar a condição de favorita ao ouro em Londres, desfeita pelo retrospecto ruim antes da Olimpíada. Às 16 horas (de Brasília), enfrenta os Estados Unidos, cotados para o lugar mais alto do pódio.
As duas equipes chegam para o confronto no ginásio Earls Court com duas vitórias por 3 sets a 0. Os brasileiros bateram a Tunísia e a Rússia. Os americanos a Sérvia e a Alemanha. Quem vencer assume a ponta do grupo B os quatro melhores alcançam a fase eliminatória. "Vamos enfrentar o time mais consistente do nosso grupo. O movimento americano do vôlei é voltado para a Olimpíada. Eles se preparam para isso no ciclo inteiro. É uma cultura diferente. É um dos times favoritos", analisa o técnico Bernardinho.
As principais preocupações do Brasil têm nome e sobrenome: Clayton Stanley e Matthew Anderson, os dois principais pontuadores americanos. No saque, a dupla também costuma dificultar qualquer sistema de recepção juntos, já marcaram cinco pontos diretos. "Vamos ter de pensar no Stanley e no Anderson, que têm sacado muito bem. Não podemos errar, conceder o ponto. Se você erra, dá confiança ao sacador. Temos que tirá-los da posição o mais rápido possível", comenta Bernardinho.
O treinador sabe bem o que acontece quando Stanley acerta a mão no serviço. Na final de Pequim-2008, o americano comandou sua equipe na vitória que impediu o segundo ouro consecutivo dos brasileiros. Sacou a impressionantes 110 km/h e terminou eleito o destaque do evento.
Por outro lado, a seleção mostrou evolução no mesmo fundamento diante da Rússia especialmente nas passagens de Murilo, Lucão e Sidão. O trio contribuiu para baixar o acerto na recepção dos russos de 68%, obtido na estreia ante a Alemanha, para 55%. "Acredito que a Rússia não imaginava que a gente fosse colocar uma pressão tão grande no saque. Isso fez diferença a nosso favor. E vamos precisar manter esse ponto positivo para vencer os Estados Unidos", avaliou o levantador Ricardinho.
O ponteiro Murilo complementou: "Contra esses times o saque é muito importante. Acho até que o flutuante fez mais efeito que a viagem [contra a Rússia]".
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