O técnico da seleção brasileira, Dunga, disse que um dos motivos para não convocar o atacante Amauri, da Juventus de Turim, para o amistoso do dia 10 de fevereiro contra a Itália, em Londres, foi evitar a pressão excessiva sobre o jogador, que está perto de obter a cidadania italiana e é cotado para defender a seleção do país. "Trazê-lo para esse jogo seria submetê-lo a uma pressão grande demais, e desnecessária", afirmou o treinador.
Mas houve razões técnicas, também. Segundo Dunga, Amauri não foi bem nas últimas partidas em que defendeu a Juventus no Campeonato Italiano, e está alguns degraus abaixo dos quatro convocados. "Nós temos o Luis Fabiano, que está em grande fase, o Adriano, o Pato, que esteve na seleção olímpica e é um jovem promissor, e o Robinho vem sendo titular há bastante tempo. Cada um vai ter que esperar o seu melhor momento", explicou.
Dunga aproveitou para dizer que não vê problemas no fato de jogadores que atuam por seleções de outros países - além de Amauri, outro atacante brasileiro que vem sendo citado nesse sentido é Liedson, que pode jogar na seleção portuguesa. "É uma opção muito individual, muito pessoal. Eu queria jogar pela seleção brasileira, mas o jogador às vezes quer disputar uma Copa do Mundo, precisa disso para sua carreira, e a gente deve respeitar.
Sobre o meia Felipe Melo, da Fiorentina, a principal surpresa desta convocação que só contou com jogadores que atuam no futebol europeu, Dunga disse que o jogador já estava sendo observado há bastante tempo, desde que atuava na Espanha. "A gente tinha outras opções, de chamar jogadores que já estiveram conosco, mas essa é uma oportunidade para a gente conhecê-lo melhor no ambiente da seleção", justificou.
Dunga aproveitou para dizer que, embora tenha uma espinha dorsal já definida para a seleção, com cerca de 10 jogadores, ainda há espaço para quem sonha em disputar a Copa do Mundo de 2010. "A cada treinamento, a cada partida, os jogadores vão se consolidando. Se a gente tem uma estrutura é porque os jogadores que são convocados estão correspondendo. Mas quem ainda não teve sua oportunidade não pode perder a esperança. A seleção brasileira está sempre aberta, não está fechada para ninguém.
O técnico admitiu ainda que está feliz pela oportunidade de enfrentar a Itália, num clássico que o futebol mundial não vê desde 1997 - empate por 3 a 3 em Lyon, pelo Torneio da França, quando Dunga ainda era o capitão brasileiro. "É um grande confronto, pelo futebol jogado nos dois países e pela rivalidade que vem desde 1970", disse o treinador, que não quis apontar um destaque individual no próximo adversário do Brasil. "São vários jogadores que jogam a Liga dos Campeões e são muito bons.
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