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Mais do que renovar a seleção brasileira, o técnico Dunga tem um projeto a médio prazo: ele quer dirigir a seleção pré-olímpica a partir de amistosos que serão programados para 2007. Se conseguir a classificação para os Jogos de Pequim, em 2008, o Brasil vai tentar o único título importante que lhe falta no futebol.

"Já estamos pensando na competição, por isso começamos a trazer jogadores jovens", disse Dunga, durante entrevista em que anunciou os convocados para as duas partidas da seleção em outubro: contra o Kuwait, dia 7, na Cidade do Kuwait, e Equador, dia 10, em Barcelona ou Beirute.

Na lista, destaque para a presença de três estreantes: o já veterano goleiro Hélton, de 28 anos, o lateral-direito Daniel Alves, de 23 anos, e o volante Lucas, de 19 anos. "Vamos dar oportunidades a vários atletas em começo de carreira que estejam bem nos clubes", disse, referindo-se aos dois últimos.

Destaque também para a convocação do lateral-esquerdo Adriano, revelado pelo Coritiba e atualmente jogando no Sevilla. Com cinco convocações no currículo, o jogador foi campeão mundial júnior em 2003 e da Copa América em 2004. Há duas semanas, Dunga assistiu a um jogo do seu clube contra a Real Sociedad, pelo Campeonato Espanhol.

"Ninguém na CBF, nem o Dunga falou comigo. Estou feliz da vida, claro. Já pensava em seleção, mas é sempre uma surpresa", afirmou o jogador à Gazeta do Povo, por telefone.

A intenção de comandar as duas seleções, a principal e a pré-olímpica, já levou Dunga a um contato mais estreito com Ricardo Gomes, técnico da equipe na fase de classificação para os Jogos de Atenas, em 2004.

"Fui buscar informações sobre a reação dos atletas que participaram do último Pré-Olímpico. O Ricardo está na Europa e observa vários jogadores brasileiros não muito conhecidos no Brasil."

Dunga deixou claro, porém, que ainda não conversou com os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre o assunto. "Não tem nada definido. E tudo depende de planejamento."

Depois, quando indagado diretamente sobre a possibilidade de repetir Zagallo e Vanderlei Luxemburgo, que acumularam a função respectivamente em 1996 e 2000, ele deu nova pista de que esse é um dos seus objetivos. "É mais do que normal, eu espero participar e vencer a competição inédita para o Brasil."

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