Após três anos e meio de trabalho, Dunga vê o Brasil pronto para a Copa do Mundo. No último amistoso antes da viagem para a África do Sul, a vitória sobre a Irlanda por 2 a 0, nesta terça-feira, em Londres, deu tranquilidade para o treinador trabalhar neste três meses antes do Mundial. Agora é hora de acompanhar os jogadores nos seus clubes, preparar a lista final dos convocados e esperar que os atletas atendam ao seu pedido.
"Temos de continuar com esse comprometimento, fortalecer o grupo", falou. "Eles têm de saber que cada um vai ter seu espaço, que também queremos a individualidade. Temos de ser um time com vibração, paixão."
Dunga está satisfeito com o resultado que conquistou até agora. Foi campeão da Copa América, da Copa das Confederações e conseguiu superar toda as dúvidas e críticas dos torcedores. "Conseguimos montar um grupo, mostrar que os jogadores estavam com vontade de jogar na seleção", apontou. "Agora é a Copa e temos de repetir tudo que fizemos, melhorar a postura. Vamos pegar seleções com a mesma capacidade que a gente e temos de nos superar a cada dia."
O amistoso desta terça foi o único encontro dos jogadores antes do Mundial. O último havia sido em novembro. Apesar do espaço tempo entre os jogos - e nenhum coletivo entre os atletas -, Dunga gostou do que viu no Emirates Stadium. "Hoje (terça) era mais difícil, fazia três meses que eles não jogavam juntos e às vezes demora 45 minutos para conseguir uma posição correta", disse, para explicar a melhora do time no segundo tempo.
Dunga realizou cinco substituições na etapa final. Deu mais uma chance ao meia Carlos Eduardo e a primeira oportunidade a Grafite. Os dois dificilmente vão fazer parte do grupo da Copa. "O Grafite aproveitou bem", elogiou. "Só peço que os jogadores tenham na seleção a mesma postura que tem no seu time."
Questionado, o treinador teve de responder sobre Ronaldinho mais uma vez. "Agora não tem mais amistoso, cada um teve a sua chance O Alexandre Pato teve toda a Olimpíada para mostrar. E o Ronaldinho também." Em Pequim, a seleção fracassou.
O armador
O jogo desta terça deixou bem claro a dependência que a seleção tem de Kaká. De longe o melhor jogador do time, o meia foi o responsável pelas jogadas mais perigosas na vitória sobre a Irlanda, por 2 a 0. E ainda mostrou que sua fama de bom moço não entra em campo.
Kaká foi perseguido pelos irlandeses. E, como havia dito no dia anterior, não fugiu de nenhuma dividida. Ao participar da jogada do primeiro gol brasileiro, levou um chega pra lá do adversário e foi tirar satisfação. No início do segundo tempo, também reclamou muito quando foi atingido por Andrews, já sem bola. Não se intimidou, foi para cima e junto do irlandês foi advertido pela arbitragem.
O craque do Real Madrid gostou da sua atuação e do último amistoso antes da Copa. "O Brasil está quase pronto e agora só faltam detalhes", afirmou. "Estamos no caminho certo."
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