As campanhas de Atlético e Coritiba neste Brasileiro já entraram para a história. O feito, porém, não deixa nenhum torcedor orgulhoso. Os times são responsáveis pelo pior primeiro turno de equipes paranaenses na Série A desde 2003, início dos pontos corridos. Juntos, têm 37,5% de aproveitamento, número muito inferior à média estadual nos seis anos anteriores, de 45,3%. Em 19 partidas, o Furacão garantiu 42% dos pontos, enquanto o Coxa alcançou apenas 33%.
O retrospecto coritibano é, de longe, o pior desde a implementação da fórmula. Na temporada em que foi rebaixado, há quatro anos, o aproveitamento do primeiro turno foi de 46%. Ao contrário de 2009, os números mostram que o time normalmente vai bem na primeira metade, com média de 51,5%.
A estatística atleticana mostra o oposto. O Furacão, que em média conquista 40,5% do pontos no primeiro turno, tende sempre a se recuperar na parte final. Outro indicador do pífio desempenho da dupla Atletiba está na classificação. Pela primeira vez nos pontos corridos, nenhum dos times apareceu entre os dez melhores. Pior, passaram a maior parte do tempo brigando contra a zona de rebaixamento. Ao todo, o Atlético conviveu com a degola por 12 rodadas, enquanto o Coritiba passou oito na ZR.
O baixo aproveitamento em casa também preocupa. De 30 pontos disputados como mandante, o time da Baixada levou apenas 14. Já o rival fez apenas 11 de 27 possíveis.
Gangorra
Até a quinta rodada, Furacão e Coxa ainda não haviam vencido e ocupavam a rabeira da tabela. Depois passaram a alternar posições por cinco rodadas consecutivas, terminando a gangorra com um fraco empate sem gols na Arena.
Nem a presença de técnicos fortemente identificados com as torcidas ajudou. Os maus resultados e a insistente permanência na ZR derrubaram Geninho, treinador campeão brasileiro em 2001, do comando rubro-negro. O estopim foi a derrota em casa por 4 a 0 para o Atlético-MG, na quinta rodada. Seu substituto, Waldemar Lemos, durou mais dez jogos. Já René Simões, responsável pela volta do Alviverde à Série A, caiu após 18 jogos. A gota dágua foi a derrota para o Cruzeiro, por 3 a 1, no Couto Pereira.
Apesar do início ruim, existe esperança. Pela segunda vez no Brasileiro, ontem os dois venceram na mesma rodada -- o fato só havia ocorrido na 6ª volta. Desde que anunciou Antônio Lopes como treinador, o Atlético não sabe o que é perder. As quatro vitórias seguidas aliviaram a situação e deixaram o time seis pontos acima da ZR. Ney Franco também estreou bem no Coxa. A experiência do técnico em tirar equipes da parte de baixo da tabela (salvou Atlético e Botafogo nos dois últimos anos) certamente é um bom presságio para a torcida coxa-branca.
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38 gols
O ataque do Barueri é o mais positivo ao fim da primeira metade do campeonato. O atacante Val Baiano, com nove gols, foi quem mais balançou as redes pelo time paulista.
5 x 0
A goleada do Coritiba sobre o Flamengo, em junho, foi a maior do primeiro turno do Brasileirão.
12 derrotas
O Sport, lanterna do campeonato, foi quem mais perdeu no primeiro turno. Os maus resultados já derrubaram três treinadores na Ilha do Retiro.
12 assistências
O meia Cleiton Xavier, do Palmeiras, é o maior "garçom" do Brasileiro.
1 x 0
É o placar mais comum. Ao todo, 31 jogos já terminaram com o placar mínimo.
10 cartões vermelhos
Apesar de ser o time que mais teve atletas expulsos, o Cruzeiro é o menos faltoso do campeonato, com apenas 278 faltas cometidas.
17
É o número de treinadores que já perderam ou trocaram de emprego. As únicas equipes que ainda não mexeram no comando são Atlético-MG (Celso Roth), Goiás (Hélio dos Anjos), Internacional (Tite), Avaí (Silas), Cruzeiro (Adílson Batista) e Corinthians (Mano Menezes).
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