Atlético Paranaense e Coritiba vão tentar reverter a punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva na sexta-feira (24) passada pelo mau comportamento de seus torcedores durante o clássico Atletiba, disputado no dia 19 de julho. Por unanimidade os auditores decidiram multar o Furacão em R$ 20 mil e o Coxa em R$ 10 mil, além da perda do mando de um jogo cada um, pelas bombas arremessadas entre os torcedores na Arena da Baixada.
O advogado do rubronegro, Domingos Moro, esteve no Rio de Janeiro nesta segunda para protocolar o recurso contra a punição, além do pedido de efeito suspensivo até o julgamento do novo processo. Segundo Moro, a defesa atleticana faz uma releitura de todos os argumentos utilizados no julgamento de semana passada, além de acrescentar novos elementos ao processo. Um deles é uma relação de outros casos e punições que criaram uma jurisprudência que pode influenciar na decisão dos novos julgadores.
"Além disso, levaremos ao STJD a informação de que o Ministério Público do Paraná vai entrar no caso para ajudar nas investigações e na identificação de mais marginais envolvidos no caso. Tudo isso cria a necessidade de se fazer um reexame na matéria para que se conceda o efeito suspensivo o mais breve possível", explicou Moro, por telefone, à Gazeta do Povo On-line.
Para ele, o tribunal deve analisar o pedido de efeito suspensivo já nesta terça-feira (28). "Isso precisa ser feito logo para evitar que o clube tenha um prejuízo irreparável. Mas não sei o que vai acontecer", disse Moro, temeroso sobre a decisão do STJD. Para ele, o tribunal tende a conceder o efeito suspensivo quando existe margem suficiente para se reduzir uma pena, o que não é o caso. A pena aplicada foi a mínima.
Coritiba ainda vai protocolar recurso
Já o advogado do Coritiba, Gustavo Nadalin, considerada que o seu clube foi injustiçado no julgamento de semana passada. Para ele, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva é claro ao determinar o tipo de pena a ser imposta aos torcedores visitantes. Segundo Nadalin, o clube não poderia ter recebido a pena, pois não feriu nenhum dos parágrafos do CBJD.
"Vamos encaminhar a defesa por ai. Além disso, temos outros dois pontos a considerar. O Coritiba não detém poder de polícia, atribuição do governo estadual, e não tem poder sobre o gerenciamento do estádio, competência do time mandante. O artigo 213 é bem claro ao citar por quais comportamentos da torcida o Coritiba poderia ser punido e nenhum deles foi cometido", explicou.
A defesa alviverde também irá citar as punições recebidas ou não por outras equipes que foram envolvidas em casos semelhantes, mas que não receberam a mesma punição. "Pegamos todos os fundamentos dos auditores e iremos nos defender exigindo apenas o cumprimento da lei", concluiu.
O Coritiba tem até quarta-feira para protocolar o seu recurso, mas deve fazê-lo já nesta terça.
Dupla Atletiba escolhe Londrina como "casa temporária", mas Atlético encontra problemas
Atlético e Coritiba, caso tenham o pedido de efeito suspensivo negado, terão que mandar seus jogos a uma distância mínima de 100km. Cogitou-se Paranaguá, Joinville e Ponta Grossa, mas nenhuma dessas praças tem a autorização da CBF para receber jogos da Série A do Brasileirão. A opção mais viável torna-se o estádio do Café, em Londrina.
Inicialmente o Coxa não teria problemas em mandar o seu jogo lá (contra o Santos, dia 5 de agosto), mas o Atlético sim. No domingo (26) o time encara o Fluminense como mandante e caso não tenha seu pedido de efeito suspensivo atendido poderia mandar o jogo no Café. O problema é que no mesmo dia o Londrina joga pela Série D do Brasileirão, contra a Chapecoense.
Uma das possibilidades seria solicitar uma alteração de horário em uma das partidas para se fazer uma rodada dupla. Outra seria o Furacão encontrar outra praça esportiva para jogar. A reportagem entrou em contato com a Federação Paranaense de Futebol para saber das possibilidades, mas nem o presidente (Hélio Cury), nem o vice (Amilton Stival) atenderam aos telefonemas.
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