• Carregando...
David Luiz será a referência da defesa brasileira contra  a Alemanha e o responsável por levantar o ânimo da equipe | ALBARI ROSA
David Luiz será a referência da defesa brasileira contra a Alemanha e o responsável por levantar o ânimo da equipe| Foto: ALBARI ROSA

Escalação

Com atuação segura, Maicon assume de vez a lateral direita

Se depender da segura atuação de ontem, contra a Colômbia, Maicon é o novo titular da lateral direita da seleção. O jogador de 33 anos soube que teria a chance de iniciar apenas no dia da partida. E mostrou que realmente estava pronto. "O Felipão teve uma conversa comigo e perguntou se eu estava pronto. Respondi que tinha nascido pronto", contou o jogador, presente também na Copa de 2010.

Com Dunga no comando, era ele quem deixava Daniel Alves na reserva. Até o jogo das oitavas, o criticado jogador do Barcelona, no entanto, era o dono da posição que tem uma disputa sem ressentimentos.

"Temos uma competição entre aspas. Estamos lutando pelo mesmo sonho. Com certeza, chegando no objetivo, a foto vai ser linda", comentou Daniel Alves.

Decisiva na vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, a dupla de zagueiros da seleção precisará ser ainda mais eficiente para o Brasil alcançar a vaga na decisão do Mundial. Com o atacante Neymar fora do Mundial, a segurança de David Luiz e Thiago Silva era o ponto de partida para a equipe se recuperar do baque sofrido após eliminar a Colômbia, ontem, no Castelão. Na próxima terça-feira, contra a Alemanha, porém, o time terá de se virar sem a parceria em campo, que estava invicta há 26 partidas.

INFOGRÁFICO: Veja a ficha da partida

INFOGRÁFICO: Veja informações sobre o adversário do Brasil na semifinal

Thiago Silva recebeu o segundo cartão amarelo num lance no qual o goleiro colombiano Ospina repunha a bola após completar uma defesa. O capitão atravessou o caminho do arqueiro e foi amarelado pelo espanhol Carlos Velasco. "Em nenhum momento eu quis tirar a bola da mão do goleiro. Ele jogou a bola para o alto, eu estava vindo na corrida e acabou que pegou em mim", explicou o defensor, indignado com a diferença de critério no juiz, que sequer marcou falta no lance que tirou o camisa 10 brasileiro do torneio.

"É difícil. Ele esperou tanto por esse momento e aí toma uma joelhada e o juiz não deu nem amarelo. No meu lance, sem a mínima intenção, levei cartão. São pequenas coisas que influenciam na competição, principalmente nesse momento de Semifinal", reclamou o autor do primeiro gol do jogo.

David Luiz, que ampliou a contagem em cobrança de falta no segundo tempo, contrastou sua felicidade ao receber o prêmio de melhor com o momento em que recebeu a notícia de que Neymar estava fora do torneio. O camisa 4 deve herdar a braçadeira de capitão contra os germânicos, além da responsabilidade de levantar o moral do elenco para o confronto. Um pacto para transformar em realidade o sonho que está a dois passos de distância.

"A gente já fez isso [o pacto]. O momento é de confortá-lo [o Neymar] e mostrar a força da nossa equipe dentro e fora de campo", falou o zagueiro recém-contratado pelo Paris Saint-Germain. "Ele [Neymar] já ajuda com alegria, simplicidade do menino que ele é. Nos próximos dias vai ser nosso papel alegrá-lo e mostrar que só chegamos aqui porque ele está conosco", emendou.

Se o Brasil passar pela Alemanha, os dois zagueiros mais caros do mundo vão se reencontrar no dia 13 de julho, no Maracanã. Antes disso, um terceiro elemento terá papel decisivo na trajetória brasileira. Dante, titular do gigante alemão Bayern de Munique, deve ser o escolhido por Felipão para disputar o duelo em Belo Horizonte.

"Acho que estava escrito. Ele teria de jogar em função de atuar no mesmo país do adversário. Com certeza motivação não vai faltar", diz Thiago Silva, já acreditando que Dante será seu substituto. "Fico de fora no momento em que encontramos o entrosamento quase 100%. Mas fico triste e ao mesmo tempo feliz porque sei que o Dante tem total condição de jogar", termina o capitão.

Rivais ajudam craque a superar a eliminação

Lágrimas nos olhos e expressão de quem tentava digerir uma dor até então desconhecida. Ainda no gramado, após a eliminação da Colômbia para o Brasil ontem, no Castelão, o meia James Rodríguez, de 22 anos, escancarou sua dificuldade para absorver o resultado. O grande astro da melhor seleção cafetera da história foi consolado até pelos adversários. Fato que não apaga o revés, mas ameniza.

"David Luiz e Daniel Al­­ves me disseram que era um bom jogador e a verdade é que com tantos craques me abraçando, isso me deixa feliz", disse o jogador do Monaco, autor de seis gols em cinco jogos no Mundial. Por enquanto, ele é o artilheiro isolado do torneio.

James não foi brilhante como nas quatro partidas anteriores, mas novamente não passou em branco. Descontou de pênalti quando o Brasil vencia por 2 a 0, o que deu fôlego extra para o time de José Pekerman tentar o empate nos últimos dez minutos. A igualdade não foi possível, mas o feito inédito de alcançar as quartas de final da Copa já é algo a ser muito comemorado.

"Queríamos seguir em frente. Estamos tristes, mas ao mesmo tempo temos de nos sentir orgulhosos. Nós demos tudo para poder continuar. Os homens também choram e ainda mais quando se está triste pelo resultado", comentou o garoto de topete estilo Cristiano Ronaldo, futuro da talentosa geração.

"O trabalho dele no Mun­­dial foi excelente. É um jogador excepcional, que tem um talento enorme e que tem ambições. Sonha em se­­guir demonstrando o que pode fazer. Vai demonstrar no futuro que pode ser um dos melhores", cravou Pekerman.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]