Prêmio de consolação
Depois de falhar na tentativa de conseguir índice para a Olimpíada, o sul-africano Oscar Pistorius brilhou na Paraolimpíada. Ontem, ele encerrou sua participação em Pequim com a terceira medalha de ouro em três provas disputadas: venceu os 400 metros, repetindo o feito dos 100 e dos 200 metros.
Com próteses nas duas pernas, Pistorius ganhou o direito na justiça desportiva de poder disputar a Olimpíada ao lado dos atletas sem deficiência. Ele, no entanto, teve pouco tempo para conseguir o índice olímpico nos 400 metros e não obteve a vaga. Assim, as três medalhas de ouro na Paraolimpíada serviram como uma espécie de consolo para o sul-africano.
O Brasil conseguiu em Pequim a sua melhor performance na história da Paraolimpíada. O recorde foi batido ontem, com a conquista de mais quatro medalhas, duas de ouro, uma de prata e uma de bronze todas no atletismo, disputado no Estádio Ninho de Pássaro.
O recorde do número total de medalhas já tinha sido batido no último domingo, mas faltava superar a quantidade de ouros. Nos Jogos de Atenas, há quatro anos, quando o Brasil obteve sua melhor campanha até então, foram 33 pódios (14 de ouro, 12 de prata e 7 de bronze). Agora, em Pequim, já são 45 conquistas: 15 de ouro, 13 de prata e 17 de bronze.
E esse recorde ainda poderia aumentar na última madrugada. Os Jogos Paraolímpicos de Pequim acabam hoje, com a cerimônia de encerramento programada para acontecer às 9 horas (horário de Brasília). Mas o último dia da competição também teria algumas disputas de medalha, sendo que o Brasil lutaria pelo ouro, às 2 horas, na final do Futebol de 5 (cegos), contra a China.
Ontem, o destaque brasileiro foi Lucas Prado, que somou sua terceira medalha de ouro na Paraolimpíada de Pequim, em três provas disputadas. Depois de ganhar os 100 e os 200 metros nos dias anteriores, ele foi o mais rápido também nos 400 metros da classe T11 (deficientes visuais), ao fazer o tempo de 50s27 na final.
"Estou exausto, com dor nas pernas, mas o gosto da medalha compensa tudo isso. Tenho orgulho de ser brasileiro. Eu consegui as medalhas que eu prometi e vim buscar", disse Lucas Prado, que competiu ao lado do guia Justino Barbosa dos Santos. "A equipe toda da delegação do Brasil está de parabéns. Mostramos que o esporte paraolímpico brasileiro está em franca evolução."
O outro ouro do Brasil veio com Terezinha Guilhermina, que já tinha sido prata nos 100 metros e bronze nos 400 metros. Desta vez, ela chegou ao título paraolímpico na prova dos 200 metros da classe T11, ao vencer com o tempo de 25s14. O pódio ainda teve mais uma brasileira: Jerusa Santos, que fez 26s09 e também foi superada pela chinesa Wu Chunmiao (25s40).
Também no Ninho de Pássaro, ontem, o Brasil subiu ao pódio com o revezamento 4 x 100 metros das classes T42-46 (amputados). A equipe formada por André Luiz Oliveira, Yohansson Nascimento, Claudemir Santos e Alan Oliveira fez o tempo de 45s25 e conquistou a medalha de prata, tendo sido superada apenas pelos EUA, que bateram o recorde mundial da prova (42s76).
O dia poderia ter terminado com mais uma medalha para o Brasil, mas a seleção de Futebol de 7 (paralisados cerebrais) perdeu para o Irã, por 4 a 0, na disputa do bronze. De qualquer maneira, a campanha em Pequim colocava os brasileiros, na véspera do início das últimas competições, na 10ª posição na classificação geral dos Jogos Paraolímpicos.
Na TV
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