O velocista britânico Dwain Chambers vai lançar na próxima segunda-feira sua autobiografia, em que conta suas experiências com o uso de substâncias dopantes, que o afastaram por dois anos do esporte após suspensão sofrida em 2003, ao ser flagrado num exame antidoping na Alemanha.
Em trecho publicado nesta terça-feira pelo jornal Daily Mail, o atleta de 30 anos conta que em 2002 chegou a usar "300 combinações diferentes" de substâncias ilegais, inclusive hormônio de crescimento, THG e eritropoietina (EPO), drogas que até então não eram capturadas em exames à época. "Percebi isso na noite de Natal de 2002", relatou o corredor.
"Também usava testosterona, para ajudar a dormir e reduzir o colesterol, e injeções de insulina depois de sessões de musculação", contou o velocista, que neste fim de semana disputará o Campeonato Europeu Indoor, em Turim, na Itália. No ano passado, ele foi vice-campeão.
Ele admite que o doping o ajudou a melhorar seus tempos nos 100 metros rasos. "Quando eu estava limpo, corria em 9s97. Um ano depois, à custas de noites sem dormir, ansiedade e substâncias ilegais, fazia 9s87", contou Chambers, que foi campeão europeu em 2002, mas teve o título cassado.
Depois de cumprir suspensão, e de participar de jogos de futebol americano numa fracassada franquia europeia da NFL antes de voltar a competir, Chambers se diz arrependido. "Eu não precisava de drogas, elas tornaram minha vida pior, embora eu só tenha me dado conta no ano passado do quando as pessoas queriam que eu saísse das sombras", disse.
Sua meta, agora, é conseguir o direito de representar a Grã-Bretanha nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, já que ele foi banido pelo resto da vida pelo Comitê Olímpico Britânico - o que o impediu de disputar a seletiva para os Jogos de Pequim, no ano passado. "Cumpri minha pena, e querem me proibir de defender o meu país usando uma lei antiga e válida apenas no país", afirmou Chambers, que está liberado pela Iaaf para competir normalmente.
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