Num novo capítulo de uma novela jurídica pouco comum no mundo do futebol, o atacante do Internacional Paolo Guerrero não poderá mais entrar em campo até o final do ano. Nesta quinta-feira, a Justiça suíça derrubou um efeito suspensivo que o Tribunal Federal do país europeu havia concedido à sua suspensão original e que acabou permitindo que o peruano pudesse disputar a Copa do Mundo na Rússia.
O centroavante de 34 anos fechou no dia 12 de agosto um contrato até meados de 2021 com o Inter. A direção colorada garante que o contrato prevê uma proteção caso a punição retomasse, com possibilidade de distrato ou suspensão do vínculo.
A oferta colorada para ter Guerrero foi de aproximadamente R$ 350 mil mensais. Além disso, o Inter estaria disposto a pagar luvas ao peruano mais um bônus por produtividade, elevando os vencimentos mensais a até R$ 500 mil.
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A punição original por suposto uso de doping era de um ano, o que o deixava de fora do Mundial de 2018. Mas, depois de um recurso na própria Fifa, a pena caiu para seis meses e terminaria em maio, permitindo que o jogador pudesse ir ao Mundial.
Mas, num recurso apresentado pela Agência Mundial Antidoping, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) reverteu a decisão da Fifa e aplicou uma suspensão de até 14 meses, que o tirava da Copa. Guerrero chegou a ir até a Fifa, em Zurique, para pedir uma intervenção do presidente da entidade, Gianni Infantino, mas sem sucesso.
Sua última cartada era sair dos tribunais esportivos e levar o seu caso à corte comum, na Suíça. Guerrero, assim, solicitou que a sua situação fosse tratada apenas depois do Mundial, o que acabou também sendo aceito pela CAS.
Semanas antes da Copa, o presidente do Tribunal Federal da Suíça concedeu “efeito suspensivo à título provisório ao recurso apresentado por Paolo Guerrero contra a sentença da CAS”. “Como consequência, Guerrero poderá participar da Copa do Mundo na Rússia”, declarou a corte, naquela ocasião.
Agora, a Justiça derrubou esse efeito suspensivo e sua punição voltou a ser aplicada, Pelo sistema legal da Suíça, não cabem mais recursos à decisão.
O peruano respondia à investigação por ter testado positivo para uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018, no dia 5 de outubro. Por isso, foi suspenso preventivamente pela Fifa. A principal suspeita era justamente sobre o uso de cocaína, mas o atacante garantiu que esta possibilidade já foi descartada pela entidade.
Por conta da punição, Guerrero ficou impedido de defender a seleção peruana nas duas partidas da repescagem da Copa do Mundo de 2018, diante da Nova Zelândia. Mesmo assim, o país garantiu vaga no Mundial, que seria o primeiro do atacante.
Inicialmente, a Fifa alertou que optou por uma punição e não ficou convencida de que a substância encontrada poderia vir da folha de coca. “Depois de analisar todas as circunstâncias do caso, a Comissão de Disciplina decidiu suspender Paolo Guerrero durante o período de um ano”, disse um comunicado da Fifa, de dezembro. “Por ter dado positivo por uma substância proibida, o jogador violou o artigo 6 do regulamento antidoping da Fifa”, explicou.
No Peru, a reviravolta do caso havia mobilizado até a presidência do país, na esperança de uma boa atuação do time nacional na Copa. A seleção peruana, porém, foi eliminada na primeira fase da competição realizada em solo russo.
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