Era um gélido 8 de julho de 1989, data que acabou entrando para a história do futebol paranaense. Neste dia, na Vila Capanema, acabava a folclórica e apaixonante trajetória do Colorado Esporte Clube, o Boca.
O extinto time de meias brancas, calção preto e camisa vermelha protagonizou ao longo da sua história cenas tristes, como a morte do lateral Valtencir durante uma partida (em 1978); e fatos curiosos em profusão: foi três vezes consecutivas vice-campeão do estado (74-75-76); vencia por 4 a 0 o Atlético e viu o atacante Ziquita empatar em menos de 15 minutos (78), sofreu gol de goleiro (80), formou o fracassado seleboca (84)...
Com apenas 2.184 pagantes, o então "Tricolor de Aço" empatou por 3 a 3 com o Coritiba para escapar do rebaixamento no regional. Em 24 jogos no certame local, apenas três vitórias. Terminou na penúltima posição entre 18 participantes. Foi um sufoco até o marcante duelo com o rival do Alto da Glória.
Para evitar o vexame, seria preciso pelo menos um ponto contra o todo-poderoso Coxa de Serginho, Tostão, Carlos Alberto Dias, Chicão e Kazu. Chegou a fazer 3 a 1, mas não resistiu ao talento do rival que viria depois a erguer a taça da temporada.
Nilton abriu o placar para o time da casa, João Pedro empatou para o Coxa, Nelsinho e Luisinho fizeram para o Boca, mas Chicão descontou ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Roberto Gaúcho fechou o marcador e a história colorada.
Com o alívio pela salvação, a diretoria tricolor bancou um churrasco nas dependências do estádio para o elenco comemorar. Prometeu dobrar o bicho de 50 mil cruzados novos ninguém se lembra de ter recebido. Exatamente cinco meses depois, o Colorado deixou de existir como personalidade jurídica. Em dezembro, uniu-se com o Pinheiros e deu origem ao Paraná.
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