Em mais uma cena do teatro do morde e assopra que se tornou a relação da Fifa, especialmente de seu secretário-geral, Jérôme Valcke, com o Brasil, o dirigente recuou das ameaças feitas ao estádio do Corinthians. Em visita ao Maracanã, ontem, Valcke disse pela enésima vez que "é impossível pensar em Copa do Mundo no Brasil sem São Paulo". O secretário tentou fugir da polêmica suscitada por ele mesmo na terça-feira, quando pediu rapidez nas obras da arena corintiana sob a ameaça de tirar do local o jogo de abertura do Mundial.
Sentado ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que ouvia a sabatina de Valcke com expressão de enfado, o cartola da Fifa amansou o discurso depois de passear pelo gramado e pelo interior do Maracanã pela última vez antes da entrega do estádio à gestão da entidade, no próximo dia 24. "Já falei desse assunto várias vezes e vou falar pela última vez. Teremos um encontro nos próximos dias entre as quatro partes responsáveis pelo estádio [Corinthians, Odebrecht, Fifa e Comitê Organizador Local]. Vamos encontrar uma solução [para o impasse]", disse Valcke, enquanto recebia a aprovação silenciosa de Rebelo, que balançava a cabeça positivamente.
"O estádio [do Corinthians] está dentro do cronograma. Está com 76% de conclusão. Basta fazer a conta até dezembro. Temos a confiança na direção do Corinthians e na empresa responsável pela obra de que o prazo será cumprido. Nós trabalhamos com a expectativa de dezembro de 2013", comentou Rebelo.
Na terça, depois da pressão do secretário-geral, o Corinthians emitiu nota em que destacava que o próprio Valcke deu novo prazo a Itaquerão, para fevereiro de 2014. E desafiava a Fifa a retirar de seu estádio da abertura da Copa.
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