O zagueiro Sergio Ramos e o lateral Jordi Alba defenderam, publicamente, a seleção espanhola da informação de que o furto a seis jogadores no hotel da equipe, no Recife, ocorreu durante uma noitada de strip poker com garotas de programa. O discurso dos dois defensores reforça comunicado da Real Federação Espanhola de Futebol, emitido nesta terça-feira (25), nove dias depois do episódio.
"É mentiroso quem tenta se fazer conhecido inventando histórias sobre a melhor seleção dos últimos tempos. Não se pode brincar com a imagem de um país como a Espanha, nem com a família e os filhos dos seus jogadores. Seguimos todos a trajetória limpa e honesta que nos trouxe até aqui", afirmou Ramos. "É totalmente falsa [a acusação]. Aconteceu exatamente o que disse o comunicado da Federação", reforçou Alba.
Segundo a Federação Espanhola, o furto em bens e dinheiro equivalentes a mil euros aconteceu enquanto a Roja derrotava o Uruguai (dia 16) por 2 a 1, na Arena Pernambuco, na estreia da Copa das Confederações. O episódio foi denunciado à polícia, que passou a adotar outra linha de investigação quando imagens das câmeras de segurança do hotel mostraram a saída de mulheres do quarto de um dos jogadores.
Segundo a apuração da Polícia Civil pernambucana, os espanhóis levaram garotas de programa para o quarto após o jogo, onde teriam realizado uma noitada de strip poker (quando os jogadores conforme perdem têm de tirar as peças de roupas), jogo de cartas em que são apostadas peças de roupa a cada rodada. Após a brincadeira, as mulheres levaram alguns pertences e dinheiro dos atletas, segundo a versão investigada pela polícia.
"Está nas mãos da polícia. Dormimos muito tranquilos, de consciência limpa. Não se pode inventar algo assim, pois nos causa problemas a nível pessoal. Não estamos aqui para fazer festa, mas para mostrar nosso futebol. Viemos para ganhar o título, não para virar comentários de gente que mente", criticou Ramos.
Em Fortaleza, onde enfrenta a Itália na quinta-feira (27), pela semifinal, a Espanha teve outro problema extracampo. Depois da partida contra a Nigéria, no domingo (24), jogadores tentaram entrar no hotel acompanhados de mulheres. As garotas foram barradas na porta do hotel e até dentro do elevador. Revoltados, atletas teriam jogado sabonetes e controles remotos pela janela.
Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Ceará disse não ter sido registrado boletim de ocorrência sobre o episódio, resolvido diretamente entre hotel e seleção espanhola.
Deixe sua opinião