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O árbitro Edilson Pereira de Carvalho deixou a Polícia Federal por volta de 1h30min desta quinta-feira. Na saída, o juiz foi agredido por um torcedor do Corinthians, que o atingiu com um soco no rosto e o acusou de ter roubado a equipe paulista.

O árbitro disse, de imediato, que nada fará contra o agressor.

"Deixa ele. Quer se aparecer (sic)", disse o árbitro, que prometeu conceder uma entrevista coletiva antes de entrar no carro, onde estavam sua mulher e sua filha, além de um amigo.

Edilson, que admitiu a manipulação de partidas do Campeonato Brasileiro, afirmou em depoimento que não conseguiu beneficiar o Corinthians no clássico vencido pelo São Paulo por 3 a 2, no dia 7 de setembro. Assim, o jogo correria o risco de não ser anulado e, dessa maneira, o Timão não conseguiria lutar mais por esses três pontos. Entretanto, a CBF e o STJD vão anunciar, até sexta-feira, que todas as partidas apitadas por Edilson Pereira de Carvalho serão realizados novamente.

Juiz e empresário ficaram cinco dias presos

Antes de Edilson ser libertado, o empresário Nagib Fayad também foi solto. Ele deixou a Polícia Federal por volta de 1h. Os dois foram liberados porque o prazo de cinco dias de prisão temporária se esgotou no início desta quinta-feira e não houve pedido de renovação. O Ministério Público, que investiga o escândalo na arbitragem, decidiu não solicitar a prorrogação por considerar que os dois colaboraram e, teoricamente, não vão atrapalhar as investigações.

Edilson e Nagib foram presos após cinco meses de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público a respeito da manipulação de partidas do Campeonato Brasileiro. Foram realizadas mais de 20 mil horas de escuta telefônica entre o empresário, conhecido como Gibão, e o juiz.

Nas gravações, ficou provado que os dois montaram um esquema para fraudar resultados de partidas e obter vantagem financeira em sites de apostas na internet. Tanto Edilson quanto Gibão já admitiram o envolvimento na fraude.

Além deles, o árbitro Paulo José Danelon também confessou ter participado da fraude. Em depoimento nesta quarta, na Polícia Federal, Danelon disse que armou com o empresário fraude semelhante, mas em jogos do Campeonato Paulista. Os três acusados serão processados por estelionato, formação de quadrilha e crime contra a economia popular.

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