Na entrevista coletiva concedida por Edilson Pereira de Carvalho na tarde desta segunda-feira, em sua residência, num condomínio de Jacarei, interior de São Paulo, o ex-árbitro voltou a atirar para todos os lados.
Seus principais alvos foram Armando Marques, ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, e, Reinaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol.
Armando Marques foi chamado por Edilson de "o poderoso chefão" e acusado de favorecer os árbitros de quem ele gostava mais nas escalas.
"Se o árbitro é escalado para o sorteio em oito jogos, em um ele acaba saindo. Não tem erro. É só ver pelas escalas quem apitou. Esses são os "peixinhos" de Armando. Ele gosta do Wagner Tardelli (árbitro Fifa, do Rio de Janeiro), por exemplo. É só ver quantos jogos ele fez. Falar que é sorte, não tem sentido. Se fosse sorte, eu no lugar dele, jogaria na loteria", acusou Edilson, que ainda acrescentou:
"Ele gosta de árbitro puxa-saco. Ele nem me colocava no sorteio."
Sobre Reinaldo Carneiro Bastos, o ex-árbitro disse que o dirigente o pressionou porque ele (Edilson) lhe devia um favor. Foi Bastos quem aceitou que ele voltasse a apitar após ter sido flagrado com um diploma falso.
"Ele e o Armando Marques me telefonavam para pressionar. Pediam para eu trabalhar com tranqüilidade e olhar alguns jogos com bons olhos."