Efeito cascata

O primeiro gol gremista na vitória por 4 a 1 sobre o Atlético é o maior exemplo da bagunça que tomou conta da defesa rubro-negra nos 12 primeiros minutos da partida – tempo suficiente para os gaúchos abrirem 3 a 0. Uma falha de posicionamento desencadeou outra. Se um jogador do Grêmio aparecia livre, um defensor atleticano corria para tentar fazer a marcação, desguarnecendo seu setor e deixando outro adversário livre.

Os erros começaram com Zé Antônio. Mais uma vez improvisado na ala direita, ele viu Souza receber longo lançamento nas suas costas (1). Manoel teve de sair para fazer a cobertura e abriu espaço para Fábio Santos invadir a área e receber o passe sem ser incomodado (2). Zé Antônio também esboçou ir na direção de Souza, mas acabou ficando no meio do caminho.

Quando a bola encontrou Fábio Santos, foi a vez de Antônio Carlos abandonar a marcação sobre Maxi López para tentar impedir o cruzamento. Porém não conseguiu chegar a tempo e, pior, deixou o centroavante argentino solto para finalizar (3). Em uma última tentativa desesperada, Márcio Azevedo veio para tentar o corte, mas também não chegou a tempo.

E as falhas não pararam por aí. No segundo gol, Antônio Carlos deu um verdadeiro passe para Fábio Santos. Manoel ficou marcando a bola e deixou Máxi López entrar pelas suas costas e cabecear sozinho.

No terceiro, com os três zagueiros expostos, o passe de Tcheco encontrou Herrera mano a mano com Rhodolfo e o toque entre as pernas do zagueiro o deixou na cara do gol. Nos dois lances, Antônio Carlos, que deveria ser o homem da cobertura, errou no começo da jogada e não conseguiu se recuperar. Quando o sistema defensivo se encaixou, o jogo já estava decidido.

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Gênio

Tite (foto 1)

Tirar D’Alessandro e Taison não parece ser a melhor opção para vencer um jogo. Mas eles não estavam bem contra o Náutico e, com Andrezinho e Alecsandro em seus lugares, o técnico deu ao Inter força para fazer 2 a 0 sobre o Náutico.

Professor Pardal

Waldemar Lemos (foto 2)

As improvisações do treinador atleticano não deram nada certo contra o Grêmio. O volante Zé Antônio ficou perdido na lateral-direita e o meia Marcinho novamente não rendeu nada jogando como segundo atacante.

Operário-padrão

Leandro Donizete (foto 3)

O volante coxa-branca fez de tudo contra o São Paulo. Além de marcar, iniciou vários lances ofensivos, lançou, chutou a gol, se movimentou muito e fez jogadas pelas laterais – numa delas recebeu um carrinho de André Dias, que acabou expulso.

Peladeiro

Zé Antônio (foto 4)

Novamente improvisado, estava perdido na ala direita atleticana no início do jogo com o Grêmio. Não conseguiu atacar e muito menos defender. Os dois primeiros gols gaúchos saíram pelo setor e o volante foi substituído no intervalo.