Análise
Olho nos volantes!
Robson Martins, repórter
Lógico que ainda é cedo para fazer uma análise do que vai ser o Coritiba em 2012. O primeiro jogo envolve problemas físicos e a ansiedade da estreia fatores que valorizam ainda mais a vitória de ontem. Mas creio que o técnico Marcelo Oliveira tem de ter um olhar especial para a dupla de volantes Willian e Junior Urso.
No jogo contra o Toledo, foi muito perceptível para quem estava no estádio a dificuldade que o Coxa teve na saída de bola. Por mais que o adversário tivesse bons marcadores, os chutões da defesa para o ataque foram uma constante inadmissível para um time que se destacou no ano passado pelo toque de bola.
Talvez Junior Urso e Willian ocupem a mesma posição, não podendo jogar juntos. E o pior é que o Coxa não tem hoje no elenco um segundo volante com a mesma qualidade de Léo Gago, que foi para o Grêmio.
Resumindo: se os dirigentes do Coritiba quiserem ser precavidos, vale a pena procurar no mercado alguém para esta posição. Se a dupla atual não der certo, haverá esta solução. Se funcionar, melhor ainda para os alviverdes.
Vestiário
Satisfeito com o resultado e com a tabela
Toledo - Consciente de que o seu time não terá tempo para treinar, o técnico do Coritiba, Marcelo Oliveira, comemorou o fato de as próximas duas partidas serem no Couto Pereira. Com o apoio da torcida, o técnico espera fazer com que os seus comandados melhorem o preparo físico e o ritmo de jogo. A dobradinha doméstica será contra o Corinthians-PR, na quarta-feira, e o Iraty, no sábado.
"Sair ganhando em um campeonato difícil como este é muito bom. Mas agora temos dois jogos em casa e vamos melhorar", aposta o treinador.
Oliveira utilizou o mesmo discurso dos jogadores, citando a diferença do tempo de preparação das duas equipes para justificar o desempenho em campo. "O adversário trabalha há dois meses e por isso estava melhor fisicamente, marcando bem a nossa saída de jogo. Nós ficávamos sem mobilidade, o que melhorou no segundo tempo", argumentou.
Durante a partida o treinador coxa-branca não chegou a se exaltar fora do gramado. Totalmente diferente do técnico do Toledo, Rogério Perrô, que berrava e gesticulava em algumas oportunidades. Após o jogo, Marcelo Oliveira admitiu que o desempenho em campo acabou dentro das suas expectativas.
"Eu acho que dificilmente nós faríamos um jogo excepcional o tempo todo. Eu sabia que teríamos dificuldades, por isso tentei trocar os mais desgastados", disse o técnico, que tirou Davi, Lincoln e Marcel para as entradas de Everton Costa, Renan Oliveira e Geraldo, respectivamente.
"O essencial neste começo, mesmo que não jogue tão bem, são as vitórias para irmos melhorando jogo a jogo", resumiu o comandante alviverde. (RM)
Toledo - Para o gasto. O Coritiba jogou o suficiente ontem, em Toledo, para largar no Paranaense de 2012 com uma vitória. Com o 2 a 0 sobre os donos da casa, o Alviverde chegou a 34 partidas de invencibilidade no Regional. A última derrota no campeonato regional ocorreu no dia 21 de fevereiro de 2010, quando foi vencido pelo Paraná.
No ano passado, quando o Coxa foi campeão invicto, na estreia a vitória também foi muito parecida. Os três pontos saíram após uma vitória magra sobre o Operário, com um gol de Marcos Aurélio.
Desta vez quem marcou foi Rafinha, logo aos dois minutos do primeiro tempo. Algo que poderia indicar que o time coxa-branca seria avassalador no resto da partida no interior do estado o que acabou não se confirmando. Quase no fim, aos 44 da etapa final, Emerson ainda ampliou em uma cabeçada, após cobrança de escanteio de Rafinha.
Apesar dos atenuantes de ter sido a primeira partida da temporada e do preparo físico coxa-branca ainda não estar exemplar, o Coxa ficou longe de demonstrar que seu elenco vale 13 vezes mais do que o adversário. Segundo levantamento da Pluri Consultora, publicado com exclusividade pela Gazeta do Povo ontem, o grupo coxa-branca vale R$ 64,9 milhões contra R$ 4,8 milhões do rival.
Porém esta diferença não foi vista no estádio XIV de Dezembro, que passou recentemente por uma reforma de R$ 450 mil e "cheirava tinta" nas arquibancadas. O Coritiba só não sofreu mais porque a equipe adversária, mesmo melhor preparada fisicamente, começou muito recuada e quando tentou atacar mostrou muitas deficiências, decepcionado os 4,5 mil presentes.
No final, fez a diferença a base montada no ano passado, com Rafinha e Emerson sendo os destaques. Os estreantes (Lincoln, Marcel, Jackson, Junior Urso e Renan Oliveira) não tiveram uma grande participação, mas acabaram justificando isso pelo fato do pouco tempo de preparação antes do início do Estadual.
"Nós estamos treinando há apenas 15 dias. Já esperávamos ter esta dificuldade. O ritmo vai vir com as outras partidas. A equipe está de parabéns" opinou Lincoln. "Não vai ser de uma hora para a outra que as coisas vão acontecer. Ainda vai demorar para nós nos conhecermos em campo", completou o novo camisa 10, que classificou a sua estreia como "normal, não espetacular".
Capitão da equipe, Pereira resumiu o desempenho coxa-branca "Não estamos bem tecnicamente, taticamente. Temos que melhorar muito, ainda estamos muito longe do ideal", admitiu. "Mas o objetivo foi alcançado. Viemos para buscar os três pontos", resumiu o zagueiro.
Autocrítica
Após a partida, os jogadores do Coritiba analisaram o desempenho da equipe alviverde. Emerson, autor do segundo gol do Alvi-verde na partida, afirmou que o time sentiu muito a parte física, mas garantiu que a equipe vai melhorar ao longo da competição. A autocrítica em relação ao preparo também fez parte do discurso do zagueiro Pereira, que reforçou que o Coxa não está em condições físicas ideais. Pereira, porém, disse que o maior objetivo foi alcançado: sair de Toledo com os 3 pontos conquistados.
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