Marcelo de Lima Henrique pára o jogo na disputa entre Rodrigo Mancha e André Lima: apitador carioca teve atuação decisiva ao não assinalar um pênalti para o Coritiba no primeiro tempo| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Chaves do jogo

Sagacidade

Logo a três minutos do segundo tempo, Rodrigo Heffner bate rapidamente um lateral e pega a defesa são-paulina desprevenida. Keirrison, com estilo, põe o Coxa na frente pela segunda vez.

Bombardeio aéreo

Foram duas bolas cruzadas, dois lances de cabeça em que o São Paulo conseguiu o empate. Por cima, o Coxa deu mole e os visitantes roubaram um ponto precioso.

Erro corrigido

A distância, Dorival Júnior mexeu mal no meio-de-campo do Coritiba. Mas corrigiu a tempo, com a entrada de Leandro Donizete, antes que o São Paulo aproveitasse melhor os espaços.

CARREGANDO :)

Faltou pouco. O gostinho de estar no G4 do Brasileirão durou apenas 31 minutos, tempo em que o Coritiba esteve à frente do placar contra o São Paulo, que buscou o empate em duas oportunidades. Mas, além dos méritos do time paulista, algo a mais não permitiu que o Coxa confirmasse a arrancada: um deslize do árbitro Marcelo de Lima Henrique. Ninguém pode afirmar que – possivelmente com Keirrison que chegou a 12 gols no campeonato – o Coritiba marcaria o gol no pênalti que o juiz não deu aos 45 minutos do primeiro tempo, logo após o empate dos tricolores. Mas a reclamação procede. Afinal, André Dias usou o braço direito para desviar um chute de Maurício dentro da área.

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Durante a revolta da torcida, um copo foi jogado em campo. Henrique apanhou o objeto e a polícia prendeu quem teria feito o arremesso.

"Acho que foi pênalti", disse o meia João Henrique. "Ele (André Dias) disse que a bola bateu na mão dele, mas o juiz não deu", continuou, colocando a palavra do adversário como comprovação do erro da arbitragem. Mais um, de novo contra o São Paulo.

No primeiro turno, no Morumbi, Rubens Cardoso foi derrubado, mas o lance passou em branco. Empates lá e cá. Quatro pontos que se fossem confirmados dariam ao Coxa 40, a pontuação do vice-líder Palmeiras.

Como o "se" não conta, o Coritiba irá agora a Belo Horizonte com o sonho vivo, mas não concretizado. Muito mais pelas atuações que pelos resultados, o Alviverde mostrou que pode aproveitar a queda do Cruzeiro para, quem sabe no próximo domingo, entrar de vez no G4. Em Minas, a equipe seguirá sendo comandada pelo auxiliar Ivan Izzo, que teve no ponto eletrônico a voz de Dorival Júnior durante os 90 minutos.

Embora a participação do técnico titular não tenha sido assumida de público (o departamento jurídico do Coritiba recomendou que Dorival Júnior sequer desse entrevista coletiva, o que foi cumprido), ela pôde ser percebida pela atenção total de Ivan Izzo ao que Júnior dizia de um camarote nas sociais do Couto. Mais perto da torcida, o técnico titular foi cobrado diretamente pela queda de produção do time no segundo tempo, quando fez duas alterações que não deram muito certo: tirou Carlinhos Paraíba e João Henrique, colocou Guaru e Hugo e acabou recebendo a pressão paulista.

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Será uma semana de trabalho até o jogo do próximo domingo, 18h10 no Mineirão. Uma semana para que a equipe recupere a fórmula de como jogar longe dos quase 35 mil torcedores que estiveram no Couto Pereira apoiando (alguns, claro, o São Paulo), como aconteceu contra Santos e Vasco, no fim do primeiro turno. Uma semana de olho na escala de arbitragem, para ver se dessa vez o tempo de permanência no G4 será maior e decidido somente pelos jogadores.