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"Seria anormal se não tivesse cobrança." A frase do volante e capitão Beto dá bem a dimensão de como o Paraná está lidando com a má fase, escancarada pelas derrotas seguidas na Vila Capanema para América-RN e Figueirense. E como será a preparação para o jogo de quinta-feira contra o Flamengo, em Uberlândia.

Segundo o experiente jogador, a exigência entre os próprios companheiros, da comissão técnica com o time e da diretoria com todos – além da clara insatisfação da torcida –, é parte fundamental do processo de recuperação pelo qual o Tricolor pretende passar. "Se não fosse assim haveria acomodação", acrescentou o capitão paranista.

Ponderado, no entanto, ele alertou para que as conversas mais duras não ultrapassem os limites e acabem criando rusgas no elenco. Também para que o time não perca auto-estima: "Penso que aqui dentro não pode haver desconfiança alguma", enfatizou.

Segundo o vice-presidente de futebol José Domingos, a diretoria sempre está atenta ao que se passa com a equipe. Apenas o tom das conversas se torna mais sério em momentos difíceis. "Temos reuniões seguidas com a comissão técnica. Tudo dentro de um esquema que já tínhamos de troca de idéias e, claro, cobranças também", explicou o dirigente.

Até certo ponto confortável pela política do clube, de não mandar treinadores embora facilmente, Pintado aposta na calma para fazer o time voltar a vencer. O técnico também nega qualquer problema de relacionamento no elenco. "Pelo contrário, o forte desse grupo é a amizade e ela tem de ser fator primordial na nossa recuperação", garantiu.

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